Ao lado de autoridades árabes, ministros, empresários e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da sessão de encerramento da Mesa Redonda Brasil-Arábia Saudita nesta quarta-feira (29) e ressaltou o legado positivo do encontro: “Estamos construindo uma verdadeira parceria com a Arábia Saudita”.
“É esse tipo de parceria que queremos. Que a gente gere emprego no Brasil, mas também gere emprego na Arábia Saudita. Não se trata apenas de saber quanto os fundos sauditas investirão no Brasil, mas também o que as empresas brasileiras investirão na Arábia Saudita. Que os nossos ministros e empresários não parem nessa reunião, essa reunião é apenas a primeira de outras dezenas”, defendeu Lula.
“Que nossos empresários discutam investimentos cruzados para, por exemplo, produzir fertilizante e dar uma garantia ao mundo com a incerteza causada pela guerra da Ucrânia”, acrescentou o presidente.
Investimentos
O governo brasileiro avalia que o Fundo Soberano Saudita planeja investir US$ 10 bilhões no Brasil. A discussão ocorreu durante o encontro do presidente Lula com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, na capital saudita, Riad.
O encontro histórico marcou o primeiro compromisso do presidente brasileiro nos países do Oriente Médio e teve como pauta principal o fortalecimento das relações bilaterais entre Brasil e Arábia Saudita, além de oportunidades de investimento para empresas brasileiras no país árabe, segundo reportagem da agência Sputnik.
Segundo avaliação do governo brasileiro, o Fundo Soberano Saudita planeja aplicar US$ 10 bilhões no Brasil, com a expectativa de que US$ 9 bilhões sejam investidos nos próximos sete anos.
Os projetos contemplam áreas diversas, desde energia limpa e hidrogênio verde até defesa, ciência e tecnologia, agropecuária e infraestrutura relacionada ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Acordo
Um acordo, celebrado nesta terça-feira (28) em Riade, estabelece bases sólidas para fortalecer a colaboração entre os dois países em diversas áreas relacionadas à transição energética.
Um memorando assinado abrange uma ampla gama de setores estratégicos, incluindo petróleo, gás, eletricidade, energias renováveis, eficiência energética, petroquímicos e hidrogênio, entre outros.