O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva já apontou para aliados próximos o perfil que deseja no comando do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Segundo a coluna de Bela Megale, do jornal “O Globo”, apesar dos nomes não estarem fechados, serão escolhidas mulheres para os cargos.
O plano é visto, segundo a publicação, como uma forma de aumentar a participação feminina em cargos de peso no novo governo.
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil são as duas maiores instituições financeiras públicas e trabalham como instrumento central para viabilizar políticas sociais, como por exemplo, o pagamento do Bolsa Família e o financiamento imobiliário.
Leia também:
+ Eleições: TSE aprova prestação de contas e proclama vitória de Lula e Alckmin
+ Tebet revela rombo de governo Bolsonaro e possível uso criminoso de Auxílio
Durante a campanha para eleição presidencial, Lula comprometeu-se a ampliar o espaço dado a mulheres, negros e indígenas em seu governo, caso eleito. Esse foi, inclusive, um pedido da senadora Simone Tebet, do MDB, para apoiar o petista no segundo turno: um quadro ministerial plural em relação a gênero e raça.
“Certamente as mulheres terão uma participação muito forte no governo porque elas são a metade da sociedade brasileira. Então é preciso que a gente faça a participação adequada das mulheres”, disse Lula em um de seus comícios.
Em seu primeiro discurso após derrotar Bolsonaro, o presidente eleito acenou para o eleitorado feminino, afirmando que sua vitória resultou “das mulheres que não querem ser tratadas como objeto de canto de mesa, querem ser tratadas como sujeitas da história”.
Afirmando que deve “grande parte de sua vitória a coragem e a atitude das mulheres brasileiras”, o petista foi impulsionado ao cargo, de acordo com as pesquisas de voto, justamente pelo voto feminino, público que ganhou espaço nos debates eleitorais e nos planos de governo dos candidatos à eleição.
Ao mencionar a necessidade de fortalecer a economia, Lula defendeu em mais de uma ocasião, a igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função.
“É preciso ir além. Fortalecer as políticas de combate à violência contra as mulheres e garantir que elas ganhem o mesmo salário que os homens ganham no exercício da mesma função. Enfrentar, sem trégua, o racismo, o preconceito e a discriminação”.