O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que fará suas escolhas para o próximo procurador-geral da República e para mais um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de acordo com “os interesses da sociedade brasileira”. Ele não descartou a possibilidade de apoiar a recondução de Augusto Aras ao comando da PGR.
Em entrevista à RecordTV, exibida nesta quinta-feira (13), Lula foi questionado se assumiria o compromisso de indicar uma mulher para substituir a ministra do STF Rosa Weber, que se aposentará compulsoriamente em outubro. A resposta foi a seguinte: “não é um compromisso antecipado. Pode ser uma mulher, pode ser homem, pode ser um negro. Vai depender. (…) Eu já aprendi muito, eu já indiquei muita gente. Eu quero, com muito cuidado, indicar uma pessoa para que o Brasil possa ganhar. Eu quero indicar uma pessoa para que a Suprema Corte possa ganhar mais uma pessoa séria, garantista, que cumpra a Constituição em definitivo e não invente”.
O presidente revelou que nunca conversou pessoalmente com Augusto Aras, mas não descartou a possibilidade de indicá-lo para um terceiro mandato, destacando que pretende dialogar com Aras e outros cotados para entender suas opiniões antes de tomar uma decisão. “Possivelmente eu vou conversar com o Aras, como eu vou conversar com outras pessoas, e eu vou sentir o que é que as pessoas pensam, e no momento certo eu indicarei”, explicou.
Aras, que busca a recondução ao cargo, tem se aproximado do governo, enfatizando seu trabalho em combater e desestruturar as bases da Operação Lava Jato. Em suas redes sociais, o procurador-geral publicou um artigo sobre a sucessão na PGR, questionando se os próximos indicados terão a mesma disposição que ele demonstrou nos últimos quatro anos para enfrentar e desestruturar o movimento lavajatista.