O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, participou nesta quinta-feira (17) do Fórum Internacional dos Povos Indígenas, no âmbito da COP27 – evento que discute no Egito as mudanças climáticas e seus efeitos no planeta – e garantiu participação dos indígenas em seu governo.
Lula declarou que um dos seus objetivos a partir de 2023 é fazer com que o Brasil sirva de exemplo de país na reparação dos danos causados aos povos indígenas .
“Nós temos a obrigação ética e política de fazer a reparação ao que causaram aos povos indígenas. Eu tenho o compromisso de fazer com que o Brasil sirva de exemplo”, comentou o petista, que estava acompanhado da sua mulher, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja. Os dois foram presenteados e usaram adereços dos povos indígenas.
Leia também:
+ ‘Vai aumentar o dólar, cair a Bolsa? Paciência’, diz Lula sobre teto de gastos
+ TCU entrega relatório e lista 29 áreas de risco deixadas para o governo Lula
Lula afirmou que há uma dívida histórica com os indígenas, que precisa ser paga. “As pessoas que governam olham o mundo com uma lógica totalmente diferente da lógica que vocês olham. No fundo no fundo, o povo pobre, os indígenas não são tratados como seres humanos, são tratados como números”, explicou.
Em seu discurso, o presidente eleito declarou ainda que tem o desejo de se colocar como defensor dos povos indígenas nos fóruns internacionais. Ele quer apresentar ao mundo as reivindicações dos povos originários e encontrar soluções para resolver os problemas dos indígenas.
Sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro, Lula disse que o Brasil “foi quase destruído” nos últimos quatro anos e que, no seu governo, pretende reconstruir políticas sociais “sem ódio, sem rancor e sem querer vingança.”
Durante as eleições 2022, o presidente eleito prometeu que criaria o Ministério dos Povos Originários. A favorita para assumir a pasta é a deputada federal eleita Sônia Guajajara.