Maceió. A possibilidade de desabamento de uma das minas da Braskem, empresa responsável pela mineração que afetou cinco bairros da cidade Maceió, provocou a evacuação de residências e até de um hospital na última quarta-feira (29) e também nesta quinta.
A gravidade da situação levou a prefeitura a decretar situação de emergência. Agências bancárias também foram fechadas hoje e mais de 55 mil pessoas são afetadas.
Diante do risco eminente de abertura de uma cratera de mais de 300 metros na capital alagoana, o governo Federal também decretou Estado de Emergência e anunciou nesta noite as seguintes informações:
+ O governo Federal reconhece Estado de Emergência e liberará verbas para a Prefeitura de Maceió;
+ A área ao redor da Mina 18 está afundando cerca de 2,6cm por hora;
+ O acumulado do deslocamento vertical está próximo do 1,5m de altura;
+ A Defesa Civil está realizando análises sísmicas no solo para acompanhar o afundamento, informa que a velocidade das fissuras tem diminuído;
+ Ainda assim, não descarta que a mina colapse a qualquer momento;
+ O colapso da Mina 18 da Braskem pode abrir uma cratera de, no mínimo, 152m de raio (304m de diâmetro).
Histórico. A mineração em Maceió começou na década de 1970, com a Salgema Indústrias Químicas S/A, que depois passou a se chamar Braskem. A extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC, tinha autorização do poder público.
Em fevereiro de 2018, surgiram as primeiras rachaduras no bairro do Pinheiro, uma delas com 280 metros de extensão. No mês seguinte, um tremor de magnitude 2,5 foi registrado, o que agravou as rachaduras e crateras no solo, provocando danos irreversíveis nos imóveis.