Para Rodrigo Maia, Ricardo Salles, o ministro do Meio Ambiente responsável pela destruição sistemática das políticas de proteção ambiental no Brasil, vem agora se empenhando também em “destruir o próprio governo”.
O presidente da Câmara dos Deputados usou as redes sociais neste sábado (24) para dizer que Salles não se bastou em “destruir o meio ambiente”, mas também resolveu “destruir o próprio governo”.
“O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo”, escreveu Maia no Twitter.
O ataque ocorre após Salles chamar o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, de “Maria Fofoca” também na internet. A origem do conflito foi uma nota que a jornalista Bela Megale havia publicado em sua coluna no jornal “O Globo”. Nela, ela escreve que o ministro estava “esticando a corda” com a ala militar
do governo ao suspender o combate às queimadas. A reportagem, no entanto, não fazia referência ao ministro-chefe da Secretaria de Governo.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre disse que a atitude de Salles “apequena” o governo.“Sem entrar no mérito da questão, faço duas ressalvas. 1 – Como chefe do Legislativo, registro a importância do ministro Ramos na relação institucional com o Congresso. 2 – Não é saudável que um ministro ofenda publicamente outro ministro. Isto só apequena o governo e faz mal ao Brasil”, escreveu na mesma rede social.
O vice-presidente Hamilton Mourão já havia classificado como “péssimo” o comportamento de Salles, mas a fala do ministro já deu força a uma campanha nas redes pela demissão de Ramos.
A ala mais ideológica de bolsonaristas vê no ministro militar um empecilho para a imposição de uma agenda conservadora mais agressiva pelo governo. Esse grupo tem como padrinhos dois dos filhos do presidente da República: o vereador Carlos e o deputado federal Eduardo, além do guru Olavo de Carvalho, um grande crítico dos militares do governo.