Ex-chefe de Gabinete de Marielle, deputada Renata Souza deverá ser a candidata do PSOL à Prefeitura, por Sidney Rezende

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Nesta quinta-feira (18), o deputado Marcelo Freixo (PSOL) me adiantou o que um dia depois tornou-se uma realidade política. Ele disse: “o mundo hoje está se movendo em torno da questão racial, dos direitos das populações negras mais pobres. Nós temos o nome da Renata Souza, que poderia ser colocado em busca da unidade das esquerdas. […]

POR Sidney Rezende19/06/2020|4 min de leitura

Ex-chefe de Gabinete de Marielle, deputada Renata Souza deverá ser a candidata do PSOL à Prefeitura, por Sidney Rezende

Renata Souza. Foto: Thiago Lontra/Alerj

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Nesta quinta-feira (18), o deputado Marcelo Freixo (PSOL) me adiantou o que um dia depois tornou-se uma realidade política. Ele disse: “o mundo hoje está se movendo em torno da questão racial, dos direitos das populações negras mais pobres. Nós temos o nome da Renata Souza, que poderia ser colocado em busca da unidade das esquerdas. Moradora da Maré, eleita deputada com mais de 60 mil votos, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj. Eu abri mão da minha candidatura para discutir a unidade e não para uma chapa pronta, sem discussão”.

Marcelo Freixo. Foto: Reprodução
Marcelo Freixo. Foto: Reprodução

A circunstância da nossa conversa era sobre a iniciativa de PDT, PSB e Rede fixarem uma união  numa espécie de frente de esquerda com um olhar na renovação da presidência da Câmara, por conta do término do mandato de Rodrigo Maia, e a própria sucessão do presidente Jair Bolsonaro, em 2022. Tanto é que o que foi aprovado no Rio foi gestado em Brasília. Ciro e Marina poderão estar no mesmo barco na eleição presidencial.

Como Freixo não foi convidado para discutir este movimento político, o que ficou no ar é que “união” não significa o mesmo que “unidade”.  O que Freixo disse tornou-se análise na coluna de política do jornal O Dia.

O que não esperava é que essa pinçada fosse o suficiente para incendiar os bastidores do PSOL carioca. Benedita da Silva lançou-se pré-candidata pelo PT, e nos deu uma longa entrevista deixando uma porta aberta para conversas, mas, ao mesmo tempo, dizendo que está motivada para vencer a eleição; Martha Rocha, do PDT, se entendeu com Bandeira de Mello, da Rede. Andrea Gouvea Vieira, que era vice de Bandeira, abriu mão do posto. O deputado Alessandro Molon, do PSB, confirmou o que já sabia, que os socialistas não apresentariam um nome na disputa pela cadeira de Crivella.

Dito isso, coube ao PSOL descer do muro e decidir logo quem irá defender as cores da legenda. Aí que entra o nome da deputada Renata Souza, ex-chefe de gabinete da vereadora Marielle Franco. Ela chegou a dizer que não seria candidata, mas não teve jeito. Tudo indica, vai ser.

Martha Rocha. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Martha Rocha. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Os psolistas pressionaram e mandaram dizer:  “Só Renata une as correntes dentro do partido”. Uma fonte garante que ela “voltou atrás e aceitou ir à luta no Rio”, mas a oficialização da pré-candidatura depende da executiva e direção geral do PSOL, mas isto é coisa para poucos dias.

Três nomes estavam na mira, e foram avaliados: Mônica Francisco, Chico Alencar e a própria Renata. O nome do vereador Renato Cinco, que ocupa um grupo pequeno, mas barulhento, sequer teve o seu nome levado em consideração.

Hoje, a candidata do PSOL à Prefeitura do Rio, que une as correntes, é Renata Souza. Ela só não será candidata se não quiser. Se aceitar, cresce o cacife de Marcelo Freixo.










Nesta quinta-feira (18), o deputado Marcelo Freixo (PSOL) me adiantou o que um dia depois tornou-se uma realidade política. Ele disse: “o mundo hoje está se movendo em torno da questão racial, dos direitos das populações negras mais pobres. Nós temos o nome da Renata Souza, que poderia ser colocado em busca da unidade das esquerdas. Moradora da Maré, eleita deputada com mais de 60 mil votos, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj. Eu abri mão da minha candidatura para discutir a unidade e não para uma chapa pronta, sem discussão”.

Marcelo Freixo. Foto: Reprodução
Marcelo Freixo. Foto: Reprodução

A circunstância da nossa conversa era sobre a iniciativa de PDT, PSB e Rede fixarem uma união  numa espécie de frente de esquerda com um olhar na renovação da presidência da Câmara, por conta do término do mandato de Rodrigo Maia, e a própria sucessão do presidente Jair Bolsonaro, em 2022. Tanto é que o que foi aprovado no Rio foi gestado em Brasília. Ciro e Marina poderão estar no mesmo barco na eleição presidencial.

Como Freixo não foi convidado para discutir este movimento político, o que ficou no ar é que “união” não significa o mesmo que “unidade”.  O que Freixo disse tornou-se análise na coluna de política do jornal O Dia.

O que não esperava é que essa pinçada fosse o suficiente para incendiar os bastidores do PSOL carioca. Benedita da Silva lançou-se pré-candidata pelo PT, e nos deu uma longa entrevista deixando uma porta aberta para conversas, mas, ao mesmo tempo, dizendo que está motivada para vencer a eleição; Martha Rocha, do PDT, se entendeu com Bandeira de Mello, da Rede. Andrea Gouvea Vieira, que era vice de Bandeira, abriu mão do posto. O deputado Alessandro Molon, do PSB, confirmou o que já sabia, que os socialistas não apresentariam um nome na disputa pela cadeira de Crivella.

Dito isso, coube ao PSOL descer do muro e decidir logo quem irá defender as cores da legenda. Aí que entra o nome da deputada Renata Souza, ex-chefe de gabinete da vereadora Marielle Franco. Ela chegou a dizer que não seria candidata, mas não teve jeito. Tudo indica, vai ser.

Martha Rocha. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Martha Rocha. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Os psolistas pressionaram e mandaram dizer:  “Só Renata une as correntes dentro do partido”. Uma fonte garante que ela “voltou atrás e aceitou ir à luta no Rio”, mas a oficialização da pré-candidatura depende da executiva e direção geral do PSOL, mas isto é coisa para poucos dias.

Três nomes estavam na mira, e foram avaliados: Mônica Francisco, Chico Alencar e a própria Renata. O nome do vereador Renato Cinco, que ocupa um grupo pequeno, mas barulhento, sequer teve o seu nome levado em consideração.

Hoje, a candidata do PSOL à Prefeitura do Rio, que une as correntes, é Renata Souza. Ela só não será candidata se não quiser. Se aceitar, cresce o cacife de Marcelo Freixo.










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