Ministério da Saúde passa a não recomendar vacinação de adolescentes sem comorbidades

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O Ministério da Saúde publicou uma nota informativa nesta quarta-feira (15) em que volta atrás sobre a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Agora, a orientação do ministério é que não seja feita a vacinação deste grupo. Com isso, a vacinação deve ficar restrita a três perfis específicos: – adolescentes com […]

POR Redação SRzd16/09/2021|3 min de leitura

Ministério da Saúde passa a não recomendar vacinação de adolescentes sem comorbidades

Ministério da Saúde. Foto: Divulgação

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O Ministério da Saúde publicou uma nota informativa nesta quarta-feira (15) em que volta atrás sobre a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Agora, a orientação do ministério é que não seja feita a vacinação deste grupo. Com isso, a vacinação deve ficar restrita a três perfis específicos:

– adolescentes com deficiência permanente,
– adolescentes com comorbidades,
– adolescentes que estejam privados de liberdade.

A nota informativa desta quarta contraria uma outra publicada pela pasta em 2 de setembro, que recomendava a vacinação para esses adolescentes a partir do dia 15.

A decisão foi tomada dentro de um contexto de aumento dos relatos de falta de vacinas no país, sobretudo para a segunda dose.

No documento, o Ministério alega seguir uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que a vacinação desse grupo seja feita somente nos que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade, apesar da autorização pela Anvisa do uso da Vacina Cominarty (Pfizer/Biontech).

A nota, entretanto, usa de forma equivocada uma orientação da OMS. Em julho, quando foi anunciada a recomendação do uso de Pfizer para menores de 16 anos, a organização apenas sugeriu que os países priorizassem a população de risco no atual momento da pandemia. A orientação é pautada em um possível compartilhamento de vacinas entre países, de forma a ampliar a imunização mundial.

A mudança na regra por parte do governo federal ocorre horas após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmar, durante agenda para liberação de doses em São Paulo, que há “excesso de vacinas” no país.

Nesta quinta-feira (16), o governo do estado de São Paulo orientou os municípios a manter a vacinação de adolescentes sem comorbidades. Em nota, o governo estadual lamentou a alteração e a considerou equivocada.

“A vacinação nessa faixa etária já é realizada nos EUA, Chile, Canadá, Israel, França, Itália, dentre outras nações. A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles.”

No texto, a gestão estadual ainda afirma ainda que não fará alterações no cronograma do Programa Estadual de Imunização.

“Coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público. Três a cada dez adolescentes que morreram com COVID-19 não tinham comorbidades em São Paulo. Este grupo responde ainda por 6,5% dos casos e, assim como os adultos, está em fase de retomada do cotidiano, com retorno às aulas e atividades socioculturais”.

Ainda de acordo com a pasta, a vacinação dos jovens de 12 a 17 anos começou em SP no dia 18 de agosto e já foram imunizadas cerca de 2,4 milhões de pessoas, ou seja, 72% deste público.

“Infelizmente, e mais uma vez, as diretrizes do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde chegaram com atraso e descompassadas com a realidade dos estados, que em sua maioria já estão com a vacinação em curso.”

O Ministério da Saúde publicou uma nota informativa nesta quarta-feira (15) em que volta atrás sobre a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Agora, a orientação do ministério é que não seja feita a vacinação deste grupo. Com isso, a vacinação deve ficar restrita a três perfis específicos:

– adolescentes com deficiência permanente,
– adolescentes com comorbidades,
– adolescentes que estejam privados de liberdade.

A nota informativa desta quarta contraria uma outra publicada pela pasta em 2 de setembro, que recomendava a vacinação para esses adolescentes a partir do dia 15.

A decisão foi tomada dentro de um contexto de aumento dos relatos de falta de vacinas no país, sobretudo para a segunda dose.

No documento, o Ministério alega seguir uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que a vacinação desse grupo seja feita somente nos que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade, apesar da autorização pela Anvisa do uso da Vacina Cominarty (Pfizer/Biontech).

A nota, entretanto, usa de forma equivocada uma orientação da OMS. Em julho, quando foi anunciada a recomendação do uso de Pfizer para menores de 16 anos, a organização apenas sugeriu que os países priorizassem a população de risco no atual momento da pandemia. A orientação é pautada em um possível compartilhamento de vacinas entre países, de forma a ampliar a imunização mundial.

A mudança na regra por parte do governo federal ocorre horas após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmar, durante agenda para liberação de doses em São Paulo, que há “excesso de vacinas” no país.

Nesta quinta-feira (16), o governo do estado de São Paulo orientou os municípios a manter a vacinação de adolescentes sem comorbidades. Em nota, o governo estadual lamentou a alteração e a considerou equivocada.

“A vacinação nessa faixa etária já é realizada nos EUA, Chile, Canadá, Israel, França, Itália, dentre outras nações. A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles.”

No texto, a gestão estadual ainda afirma ainda que não fará alterações no cronograma do Programa Estadual de Imunização.

“Coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público. Três a cada dez adolescentes que morreram com COVID-19 não tinham comorbidades em São Paulo. Este grupo responde ainda por 6,5% dos casos e, assim como os adultos, está em fase de retomada do cotidiano, com retorno às aulas e atividades socioculturais”.

Ainda de acordo com a pasta, a vacinação dos jovens de 12 a 17 anos começou em SP no dia 18 de agosto e já foram imunizadas cerca de 2,4 milhões de pessoas, ou seja, 72% deste público.

“Infelizmente, e mais uma vez, as diretrizes do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde chegaram com atraso e descompassadas com a realidade dos estados, que em sua maioria já estão com a vacinação em curso.”

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