Bolsonaro apavorado com novo depoimento de Anderson Torres à Polícia Federal

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A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de negar o pedido de liberdade requerido pela defesa de Anderson Torres acionou o botão de pânico na família Bolsonaro e trouxe pavor ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. Ele não aceita a ideia de ser incriminado ou perder os seus direitos políticos. Moraes determinou […]

POR Redação SRzd22/04/2023|3 min de leitura

Bolsonaro apavorado com novo depoimento de Anderson Torres à Polícia Federal

Bolsonaro e Anderson Torres. Foto: Divulgação – Presidência da República

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A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de negar o pedido de liberdade requerido pela defesa de Anderson Torres acionou o botão de pânico na família Bolsonaro e trouxe pavor ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. Ele não aceita a ideia de ser incriminado ou perder os seus direitos políticos. Moraes determinou novo depoimento de Torres para esclarecer sua participação.

Torres continuará preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, em Brasília. Ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no dia dos ataques, mas estava em viagem com a família nos Estados Unidos. O ex-secretário de Segurança do DF e ex-número 1 da Polícia Federal durante o governo anterior está preso há quase 100 dias por suspeita de conivência com golpistas nos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília, em 8 de janeiro.

Amigos de Torres dizem que ele está deprimido, perdeu mais de 12 quilos, e se sente abandonado pelos companheiros de poder e estaria muito próximo de “chutar o pau da barraca”. E isto pode reverter em uma delação comprometedora para Bolsonaro e seus alidados mais próximos. Torres parece convencido a não assumir tudo sozinho e poderá, se condenado, ficar na cadeia por muito tempo. “Ele vai mofar na cela se não disser o que sabe. Passou da hora de aguentar a bronca calado e ele pode entregar os falsos amigos”, confidenciou ao SRzd um ex-colaborador dele durante o período em que ambos trabalharam na Polícia Federal.

O ministro Alexandre de Moraes também já percebeu que o momento pode ser favorável para Anderson Torres explicar detalhes de como funcionava nos bastidores a ação dos golpistas, inclusive o papel desempenhado por autoridades ocupantes do Palácio do Planalto. “Nesse momento da investigação criminal, a razoabilidade e proporcionalidade continuam justificando a necessidade e adequação da manutenção da prisão preventiva”, assinalou o ministro.

Para Moraes está mais do que evidente o envolvimento de Anderson Torres em todo o processo, mas ele não estava sozinho e contava com a ajuda e orientação vinda de superiores. Moraes escreveu nas suas justificativas que o ex-secretário “suprimiu das investigações a possibilidade de acesso ao seu telefone celular, consequentemente, das trocas de mensagens realizadas no dia dos atos golpistas e nos períodos anterior e posterior; e às suas mensagens eletrônicas. Somente 90 dias após a ocorrência dos atos golpistas Torres autorizou acesso às suas senhas pessoais de acesso à nuvem de seu e-mail pessoal”.

Ao decretar a prisão preventiva de Anderson Torres, Moraes declarou que “absolutamente todos serão responsabilizados civil, política e criminalmente pelos atos atentatórios à democracia, ao Estado de Direito e às instituições, inclusive pela dolosa conivência — por ação ou omissão — motivada por ideologia, dinheiro, fraqueza, covardia, ignorância, má-fé ou mau-caratismo”.

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de negar o pedido de liberdade requerido pela defesa de Anderson Torres acionou o botão de pânico na família Bolsonaro e trouxe pavor ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. Ele não aceita a ideia de ser incriminado ou perder os seus direitos políticos. Moraes determinou novo depoimento de Torres para esclarecer sua participação.

Torres continuará preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, em Brasília. Ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no dia dos ataques, mas estava em viagem com a família nos Estados Unidos. O ex-secretário de Segurança do DF e ex-número 1 da Polícia Federal durante o governo anterior está preso há quase 100 dias por suspeita de conivência com golpistas nos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília, em 8 de janeiro.

Amigos de Torres dizem que ele está deprimido, perdeu mais de 12 quilos, e se sente abandonado pelos companheiros de poder e estaria muito próximo de “chutar o pau da barraca”. E isto pode reverter em uma delação comprometedora para Bolsonaro e seus alidados mais próximos. Torres parece convencido a não assumir tudo sozinho e poderá, se condenado, ficar na cadeia por muito tempo. “Ele vai mofar na cela se não disser o que sabe. Passou da hora de aguentar a bronca calado e ele pode entregar os falsos amigos”, confidenciou ao SRzd um ex-colaborador dele durante o período em que ambos trabalharam na Polícia Federal.

O ministro Alexandre de Moraes também já percebeu que o momento pode ser favorável para Anderson Torres explicar detalhes de como funcionava nos bastidores a ação dos golpistas, inclusive o papel desempenhado por autoridades ocupantes do Palácio do Planalto. “Nesse momento da investigação criminal, a razoabilidade e proporcionalidade continuam justificando a necessidade e adequação da manutenção da prisão preventiva”, assinalou o ministro.

Para Moraes está mais do que evidente o envolvimento de Anderson Torres em todo o processo, mas ele não estava sozinho e contava com a ajuda e orientação vinda de superiores. Moraes escreveu nas suas justificativas que o ex-secretário “suprimiu das investigações a possibilidade de acesso ao seu telefone celular, consequentemente, das trocas de mensagens realizadas no dia dos atos golpistas e nos períodos anterior e posterior; e às suas mensagens eletrônicas. Somente 90 dias após a ocorrência dos atos golpistas Torres autorizou acesso às suas senhas pessoais de acesso à nuvem de seu e-mail pessoal”.

Ao decretar a prisão preventiva de Anderson Torres, Moraes declarou que “absolutamente todos serão responsabilizados civil, política e criminalmente pelos atos atentatórios à democracia, ao Estado de Direito e às instituições, inclusive pela dolosa conivência — por ação ou omissão — motivada por ideologia, dinheiro, fraqueza, covardia, ignorância, má-fé ou mau-caratismo”.

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