Morre o jornalista Sergio Salexandre Vieira, aos 47 anos

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Luto no jornalismo. O jornalista Sergio Salexandre Vieira, membro da equipe da Agência Senado, morreu na noite desta terça-feira (21), aos 47 anos. Ele sofreu um infarto agudo. Sergio era servidor do Senado desde 2005 e também trabalhou na Rádio Senado, onde ganhou dois prêmios por suas reportagens. A diretora da Agência Senado, Paola Lima, lamentou a […]

POR Redação SRzd23/11/2023|3 min de leitura

Morre o jornalista Sergio Salexandre Vieira, aos 47 anos

Sergio Salexandre Vieira. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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Luto no jornalismo. O jornalista Sergio Salexandre Vieira, membro da equipe da Agência Senado, morreu na noite desta terça-feira (21), aos 47 anos. Ele sofreu um infarto agudo.

Sergio era servidor do Senado desde 2005 e também trabalhou na Rádio Senado, onde ganhou dois prêmios por suas reportagens. A diretora da Agência Senado, Paola Lima, lamentou a partida precoce de Sergio.

“A Agência perde um profissional comprometido e engajado. Alguém que entendia muito de política, estava sempre pronto para discutir ideias e pensar o contexto que estamos vivendo, o que é muito importante na cobertura. Um cara educado e atencioso. Estamos todos arrasados”, lamentou.

A repórter da Rádio Senado Hérica Christian conheceu Sergio no ensino médio e trabalhou com ele na Rádio Senado. Ela lembrou a personalidade do colega.

“O Serginho era muito discreto e tímido. Ele rodopiava as pessoas até o momento em que se sentia confortável em falar. Tinha um olhar e ouvidos atentos e um mundo naquela cabeça que poucos conheciam. Ele era de uma perspicácia e de uma inteligência que poucos sabiam”, lembrou.

Sergio é natural de Brasília (DF). Na sua trajetória, se destacam os trabalhos com foco social e sobre os direitos humanos. Em 2010 ele venceu o Prêmio Imprensa Embratel pela reportagem “Quando a sombra cai: a história da tortura no Brasil”. Ao receber o prêmio, Sergio destacou a relevância permanente do tema. “Aqui no Brasil a tortura é praticada há séculos e nunca parou. Na época da ditadura militar teve mais repercussão, porque foi institucionalizada, mas farta documentação comprova que ela continua depois de 1985. É voltada, como antes da ditadura militar, para pessoas das classes D e E, pobres e miseráveis”, disse na ocasião.

Sergio também venceu, em 2015, o Prêmio Petrobras de Jornalismo, na categoria Reportagem Cultural, pela reportagem “Torrente”, que lembrou os dez anos de falecimento da escritora Hilda Hilst. Ele também havia sido finalista do Prêmio Imprensa Embratel em 2008, com a reportagem “A gota de sangue: histórias de uma poetisa menina de rua”, sobre a trajetória do escritor transsexual Anderson Herzer.

Na Agência Senado, Serginho geralmente cobria, às quintas-feiras, as reuniões da Comissão de Relações Exteriores (CRE), cujas pautas muito o interessavam. O jornalista produziu conteúdos especiais sobre assuntos internacionais, como uma ampla matéria sobre o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, ainda em 2019.

A despedida do jornalista se dará no Crematório Jardim Metropolitano Valparaíso (GO), nesta quinta-feira (23), com velório das 15h às 16h, na Capela 8.

*Com informações da Agência Senado

Luto no jornalismo. O jornalista Sergio Salexandre Vieira, membro da equipe da Agência Senado, morreu na noite desta terça-feira (21), aos 47 anos. Ele sofreu um infarto agudo.

Sergio era servidor do Senado desde 2005 e também trabalhou na Rádio Senado, onde ganhou dois prêmios por suas reportagens. A diretora da Agência Senado, Paola Lima, lamentou a partida precoce de Sergio.

“A Agência perde um profissional comprometido e engajado. Alguém que entendia muito de política, estava sempre pronto para discutir ideias e pensar o contexto que estamos vivendo, o que é muito importante na cobertura. Um cara educado e atencioso. Estamos todos arrasados”, lamentou.

A repórter da Rádio Senado Hérica Christian conheceu Sergio no ensino médio e trabalhou com ele na Rádio Senado. Ela lembrou a personalidade do colega.

“O Serginho era muito discreto e tímido. Ele rodopiava as pessoas até o momento em que se sentia confortável em falar. Tinha um olhar e ouvidos atentos e um mundo naquela cabeça que poucos conheciam. Ele era de uma perspicácia e de uma inteligência que poucos sabiam”, lembrou.

Sergio é natural de Brasília (DF). Na sua trajetória, se destacam os trabalhos com foco social e sobre os direitos humanos. Em 2010 ele venceu o Prêmio Imprensa Embratel pela reportagem “Quando a sombra cai: a história da tortura no Brasil”. Ao receber o prêmio, Sergio destacou a relevância permanente do tema. “Aqui no Brasil a tortura é praticada há séculos e nunca parou. Na época da ditadura militar teve mais repercussão, porque foi institucionalizada, mas farta documentação comprova que ela continua depois de 1985. É voltada, como antes da ditadura militar, para pessoas das classes D e E, pobres e miseráveis”, disse na ocasião.

Sergio também venceu, em 2015, o Prêmio Petrobras de Jornalismo, na categoria Reportagem Cultural, pela reportagem “Torrente”, que lembrou os dez anos de falecimento da escritora Hilda Hilst. Ele também havia sido finalista do Prêmio Imprensa Embratel em 2008, com a reportagem “A gota de sangue: histórias de uma poetisa menina de rua”, sobre a trajetória do escritor transsexual Anderson Herzer.

Na Agência Senado, Serginho geralmente cobria, às quintas-feiras, as reuniões da Comissão de Relações Exteriores (CRE), cujas pautas muito o interessavam. O jornalista produziu conteúdos especiais sobre assuntos internacionais, como uma ampla matéria sobre o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, ainda em 2019.

A despedida do jornalista se dará no Crematório Jardim Metropolitano Valparaíso (GO), nesta quinta-feira (23), com velório das 15h às 16h, na Capela 8.

*Com informações da Agência Senado

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