O cafezinho está ficando mais sofisticado

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Vendas nas cafeterias crescem 30%. O preço não importa. Quem gosta de café, quer qualidade.

POR Redação SRzd29/07/2006|4 min de leitura

O cafezinho está ficando mais sofisticado
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Tomar café a dois, tomar café numa roda de bate-papo, degustar numa reunião de negócios, tomar café sozinho para pensar na vida, para acordar ou para curar um porre. Esses velhos hábitos estão ganhando sofisticação no Brasil. O consumidor está mais exigente. O café, por sua vez, está enobrecendo. Quem tomava há alguns anos aquele cafezinho em pé no balcão, saído do coador da padaria, poderia imaginar que teria à sua disposição grandes redes de lojas especializadas na bebida? Que poderia apreciar o produto em agradáveis cafeterias, escolher inúmeros tipos de café expresso, bem tirados, com gostos e aromas especiais? ‘O café faz parte da minha vida. Se acordo e não tomo logo uma xícara, parece que meu dia ainda não começou, parece que não acordei. Sinto falta de café, o dia todoâ?, conta o produtor cultural Ricardo Saveiro.

Vender café – um bom negócio

A proliferação de lojas especializadas mostra que vender café de alta qualidade é um bom negócio. Assim como as adegas, as cafeterias oferecem tipos para todos os gostos e exigências. O volume de venda nas cafeterias cresce, em média, 30% de um ano para o outro. Não importa se é mais caro, quem gosta de café quer qualidade. É o que afirma o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café. Segundo Natan Herszkowicz, a procura pelo produto mais sofisticado, chamado café gourmet, cresce 25% ao ano no Brasil, enquanto que a venda do produto tradicional, mais barato, aumenta apenas um e meio por cento.

O bom café está mais acessível

O café expresso, que exige uma tecnologia especial para ser torrado, pode ser encontrado hoje em lojas de conveniência, escolas, hotéis, restaurantes e hospitais. Isso mostra que o café de boa qualidade está mais acessível. Ponto para o consumidor brasileiro, que até recentemente, só ficava com a parte pior da colheita, apesar de o Brasil ser o maior produtor e exportador do mundo. É que os melhores grãos iam para o exterior. Mas a Associação Brasileira da Indústria do Café, a ABIC, que criou o selo de pureza, garante que isso é passado. E desenvolveu um programa para aumentar o consumo interno e criar outro selo. Ele vai identificar as marcas que priorizam a alta qualidade, desde a matéria-prima até a embalagem.

Brasil teve o maior crescimento do consumo de café do mundo

Dados da ABIC mostram que, no começo da década de 90, cada brasileiro consumia, em média 3,3 kg de café por ano. Já na década seguinte, essa quantidade aumentou para 5kg. Na década de 90, o Brasil foi o país que teve o maior crescimento do consumo interno de café do mundo: 61%.

No Rio de Janeiro, o cafezinho que é vendido por 70 centavos em média no botequim ou na padaria, pode ser encontrado pelo triplo do preço nas lojas especializadas, que oferecem o tipo expresso. E o amante da bebida, que se mostra disposto a pagar, faz a festa. Pode escolher bebê-lo com chocolate, ou com canela, gelado com sorvete, com leite condensado, milk shake de café ou ainda com caldas. Vai encontrar também o café com licor, com vodka e até whiskie.

‘Assim como o chopp, o café bem tirado é o que faz o maior sucessoâ?, revela a gerente de uma cafeteria do Rio de Janeiro, Fernanda Aleixo.

Se bebibo com moderação, o café não faz mal

Segundo médicos, tomar até quatro xícaras por dia não causa qualquer problema ao organismo. ‘Em excesso, pode provocar irritabilidade, ansiedade e problemas estomacais. Mas não causa dependência, como dizem por aíâ?, afirma o neurologista e professor da UFRJ Darcy Roberto Lima, que estuda os efeitos do café no organismo há quase 20 anos.

Antigamente, estudiosos acreditavam que o cafeína era um psicotrópico, ou seja, substância que causa perturbações psíquicas. Seria tão prejudicial como o tabaco, a cocaína e a nicotina. Recentemente, especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro pesquisaram que, além da cafeína, o café é riquíssimo em sais minerais, mais do que qualquer bebida isotônica. Tem também um tipo de vitamina B3 e substâncias que, segundo o neurologista Darcy Lima, são extremamente benéficas. Podem ajudar a melhorar a capacidade de raciocínio, por exemplo.

Café para prevenir doenças

O neurologista prevê que o café será a grande arma para prevenir as chamadas doenças da modernidade, como a depressão e o infarto. A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2020, essas serão as duas principais doenças que causarão mortes no mundo.

Tomar café a dois, tomar café numa roda de bate-papo, degustar numa reunião de negócios, tomar café sozinho para pensar na vida, para acordar ou para curar um porre. Esses velhos hábitos estão ganhando sofisticação no Brasil. O consumidor está mais exigente. O café, por sua vez, está enobrecendo. Quem tomava há alguns anos aquele cafezinho em pé no balcão, saído do coador da padaria, poderia imaginar que teria à sua disposição grandes redes de lojas especializadas na bebida? Que poderia apreciar o produto em agradáveis cafeterias, escolher inúmeros tipos de café expresso, bem tirados, com gostos e aromas especiais? ‘O café faz parte da minha vida. Se acordo e não tomo logo uma xícara, parece que meu dia ainda não começou, parece que não acordei. Sinto falta de café, o dia todoâ?, conta o produtor cultural Ricardo Saveiro.

Vender café – um bom negócio

A proliferação de lojas especializadas mostra que vender café de alta qualidade é um bom negócio. Assim como as adegas, as cafeterias oferecem tipos para todos os gostos e exigências. O volume de venda nas cafeterias cresce, em média, 30% de um ano para o outro. Não importa se é mais caro, quem gosta de café quer qualidade. É o que afirma o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café. Segundo Natan Herszkowicz, a procura pelo produto mais sofisticado, chamado café gourmet, cresce 25% ao ano no Brasil, enquanto que a venda do produto tradicional, mais barato, aumenta apenas um e meio por cento.

O bom café está mais acessível

O café expresso, que exige uma tecnologia especial para ser torrado, pode ser encontrado hoje em lojas de conveniência, escolas, hotéis, restaurantes e hospitais. Isso mostra que o café de boa qualidade está mais acessível. Ponto para o consumidor brasileiro, que até recentemente, só ficava com a parte pior da colheita, apesar de o Brasil ser o maior produtor e exportador do mundo. É que os melhores grãos iam para o exterior. Mas a Associação Brasileira da Indústria do Café, a ABIC, que criou o selo de pureza, garante que isso é passado. E desenvolveu um programa para aumentar o consumo interno e criar outro selo. Ele vai identificar as marcas que priorizam a alta qualidade, desde a matéria-prima até a embalagem.

Brasil teve o maior crescimento do consumo de café do mundo

Dados da ABIC mostram que, no começo da década de 90, cada brasileiro consumia, em média 3,3 kg de café por ano. Já na década seguinte, essa quantidade aumentou para 5kg. Na década de 90, o Brasil foi o país que teve o maior crescimento do consumo interno de café do mundo: 61%.

No Rio de Janeiro, o cafezinho que é vendido por 70 centavos em média no botequim ou na padaria, pode ser encontrado pelo triplo do preço nas lojas especializadas, que oferecem o tipo expresso. E o amante da bebida, que se mostra disposto a pagar, faz a festa. Pode escolher bebê-lo com chocolate, ou com canela, gelado com sorvete, com leite condensado, milk shake de café ou ainda com caldas. Vai encontrar também o café com licor, com vodka e até whiskie.

‘Assim como o chopp, o café bem tirado é o que faz o maior sucessoâ?, revela a gerente de uma cafeteria do Rio de Janeiro, Fernanda Aleixo.

Se bebibo com moderação, o café não faz mal

Segundo médicos, tomar até quatro xícaras por dia não causa qualquer problema ao organismo. ‘Em excesso, pode provocar irritabilidade, ansiedade e problemas estomacais. Mas não causa dependência, como dizem por aíâ?, afirma o neurologista e professor da UFRJ Darcy Roberto Lima, que estuda os efeitos do café no organismo há quase 20 anos.

Antigamente, estudiosos acreditavam que o cafeína era um psicotrópico, ou seja, substância que causa perturbações psíquicas. Seria tão prejudicial como o tabaco, a cocaína e a nicotina. Recentemente, especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro pesquisaram que, além da cafeína, o café é riquíssimo em sais minerais, mais do que qualquer bebida isotônica. Tem também um tipo de vitamina B3 e substâncias que, segundo o neurologista Darcy Lima, são extremamente benéficas. Podem ajudar a melhorar a capacidade de raciocínio, por exemplo.

Café para prevenir doenças

O neurologista prevê que o café será a grande arma para prevenir as chamadas doenças da modernidade, como a depressão e o infarto. A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2020, essas serão as duas principais doenças que causarão mortes no mundo.

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