O novo centro chique do Rio

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Cesar Viegas percorreu o Jardim Botânico e descobriu que há um novo pólo gastronômico na cidade. Ele conta tudo no Rio+.

POR Redação SRzd23/05/2006|5 min de leitura

O novo centro chique do Rio
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O Jardim Botânico, bairro da zona sul do Rio, sempre foi mais conhecido pelos parques (Lage e Jardim Botânico), do que pelos bares e restaurantes. Porém, há aproximadamente dois anos, esse quadro começou a mudar. Não que as áreas verdes tenham acabado, apesar do esforço de uns e outros, mas o incremento no número de locais para comer e beber foi significativo.

Tradição e modernidade

Após passar pelo belo parque, que toma seu nome emprestado do bairro, chega-se ao quarentão Filé de Ouro, um misto de botequim e restaurante, cuja principal pedida é a carne, que faz jus ao nome da casa. Ainda na mesma rua, poucos metros adiante, é possível fazer um lanche no Bibi e saborear mais de cinqüenta variedades de sucos e vitaminas, além dos sanduíches que também atraem a clientela. “O Bibi é maravilhoso. A gente é bem atendido, as porções são fartas e aqui é muito bem freqüentado”, afirmou o estudante Leonardo Kastrup, de 43 anos, que mora na vizinhança desde o ano passado.

Quem preferir tomar um chope pode optar pelos 55 anos de tradição do Bar Jóia, ou atravessar a rua e ir ao Belmonte, inaugurado há um ano e meio. “Só vou ao Jóia. O outro é bar de paulista”, provocou o economista Roberto de Bulhões, de 43 anos, desde 1971 no bairro. Enquanto a jornalista Alexandra França, de 26 anos, opta pelo Belmonte. ” O chope é bom, a comida é gostosa e não é muito caro”, disse ela, que reside há duas décadas no local.

JJ Seabra é a vedete

Se a rua Jardim Botânico é principal, a JJ Seabra é a que oferece o maior número de atrativos. O Jota Bar, restaurante com DJ e lounge, tem um quê de Santo Antônio, segundo Júlio Palermo, administrador da casa. “Muitas pessoas se conheceram aqui e depois casaram. Aconteceu até com funcionários. E nós os perdemos”, disse, entre satisfação e lamento, Júlio.

O mais badalado é o Caroline Café. Inaugurado em 1993, o Carol para os íntimos, é destaque não só pelos drinques e hamburgers, mas também devido aos descolados que aparecem por lá. Como o cineasta Lírio Ferreira, diretor de “Baile Perfumado” e “Árido Movie”, que estava em uma das mesas na quinta-feira passada.

Caso ao sair dê vontade de tomar um sorvete, basta mudar de calçada. Há 18 anos, o Mil Frutas oferece sabores variados. Os mais pedidos são os de manga, goiabada com queijo, jabuticaba e chocolate branco com amêndoas.

A famosa cozinha italiana também tem vez na JJ Seabra. Há quase 15 anos, o Quadrifoglio, da chefe Silvana Bianchi, é fiel à culinária do norte da Itália. O simpático restaurante parece um pequeno bistrô. O ravióli de maçã e o mignonette de gorgonzola são pratos considerados clássicos.

No fim da rua, há ainda a Termas Solarium e o bar Devassa (fechada para obras, a casa reabre na primeira semana de junho). Os dois protagonizaram uma curiosa história. Como o faturamento da Solarium registrou uma queda após a inauguração do bar, já que sua porta fica em frente à varanda do Devassa, os donos, para preservar o anonimato dos clientes, colocaram vasos de planta diante da entrada. Porém, ambos fazem questão de ressaltar que não existe animosidade. “Não há hostilidade, mas sim uma cooperação entre nós”, explica Sérgio, gerente da Solarium, que preferiu omitir seu sobrenome.

Concorrência saudável

Mesma opinião dos proprietários do Saturnino e do Botequim Informal, ambos na rua Saturnino de Brito. O primeiro, inaugurado há dois anos, recebe, em sua maioria, pessoas de outros bairros. Diferentemente do segundo, em funcionamento há seis meses, cuja clientela é formada, basicamente, por moradores das redondezas. Outra diferença entre os vizinhos são seus atrativos principais. No bar que é xará da rua, os drinques e os sanduíches estão entre os mais pedidos. Enquanto no Informal, o chopp e os aperitivos são os favoritos.

A pouco mais de cem metros dali, na rua Lineu de Paula Machado, Roberta Sudbrack está à frente do restaurante que leva seu nome. A chefe de cozinha do Palácio da Alvorada durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso, oferece um exclusivo jantar degustação, vende ingredientes especiais, ministra cursos, afora um almoço com menu único. ‘A idéia é apresentar sempre um trabalho exclusivo e totalmente artesanalâ?, disse ela.

A simpática rua Visconde da Graça apresenta duas atrações. O Fazendola tem no almoço a quilo o seu ponto alto, além de saladas e pratos quentes. O Nanquim, inaugurado há menos de um mês, também aposta na comida a quilo durante o dia. Já à noite entra em cena o menu à la carte. No entanto, para Jorge Dodsworth, um dos proprietários, as principais fichas estão colocadas na proximidade dos restaurantes. “Está sendo criado um pólo gastronômico nesta área. Quanto mais casas melhor”.

Desta miscelânea de pratos, bebidas e gostos fica a impressão que o bairro saiu ganhando com a criação deste quadrilátero gastronômico. No entanto, o advogado Maurício Alvarez, de 36 anos, que reside no bairro há dois, faz um alerta. “Estamos no limite. O estacionamento está uma bagunça, além do barulho. É preciso ter cuidado. Mas é claro que a chegada de todos esses bares foi positiva, melhorou bastante. Antes não tínhamos muitas opções”, afirmou o advogado.

O Jardim Botânico, bairro da zona sul do Rio, sempre foi mais conhecido pelos parques (Lage e Jardim Botânico), do que pelos bares e restaurantes. Porém, há aproximadamente dois anos, esse quadro começou a mudar. Não que as áreas verdes tenham acabado, apesar do esforço de uns e outros, mas o incremento no número de locais para comer e beber foi significativo.

Tradição e modernidade

Após passar pelo belo parque, que toma seu nome emprestado do bairro, chega-se ao quarentão Filé de Ouro, um misto de botequim e restaurante, cuja principal pedida é a carne, que faz jus ao nome da casa. Ainda na mesma rua, poucos metros adiante, é possível fazer um lanche no Bibi e saborear mais de cinqüenta variedades de sucos e vitaminas, além dos sanduíches que também atraem a clientela. “O Bibi é maravilhoso. A gente é bem atendido, as porções são fartas e aqui é muito bem freqüentado”, afirmou o estudante Leonardo Kastrup, de 43 anos, que mora na vizinhança desde o ano passado.

Quem preferir tomar um chope pode optar pelos 55 anos de tradição do Bar Jóia, ou atravessar a rua e ir ao Belmonte, inaugurado há um ano e meio. “Só vou ao Jóia. O outro é bar de paulista”, provocou o economista Roberto de Bulhões, de 43 anos, desde 1971 no bairro. Enquanto a jornalista Alexandra França, de 26 anos, opta pelo Belmonte. ” O chope é bom, a comida é gostosa e não é muito caro”, disse ela, que reside há duas décadas no local.

JJ Seabra é a vedete

Se a rua Jardim Botânico é principal, a JJ Seabra é a que oferece o maior número de atrativos. O Jota Bar, restaurante com DJ e lounge, tem um quê de Santo Antônio, segundo Júlio Palermo, administrador da casa. “Muitas pessoas se conheceram aqui e depois casaram. Aconteceu até com funcionários. E nós os perdemos”, disse, entre satisfação e lamento, Júlio.

O mais badalado é o Caroline Café. Inaugurado em 1993, o Carol para os íntimos, é destaque não só pelos drinques e hamburgers, mas também devido aos descolados que aparecem por lá. Como o cineasta Lírio Ferreira, diretor de “Baile Perfumado” e “Árido Movie”, que estava em uma das mesas na quinta-feira passada.

Caso ao sair dê vontade de tomar um sorvete, basta mudar de calçada. Há 18 anos, o Mil Frutas oferece sabores variados. Os mais pedidos são os de manga, goiabada com queijo, jabuticaba e chocolate branco com amêndoas.

A famosa cozinha italiana também tem vez na JJ Seabra. Há quase 15 anos, o Quadrifoglio, da chefe Silvana Bianchi, é fiel à culinária do norte da Itália. O simpático restaurante parece um pequeno bistrô. O ravióli de maçã e o mignonette de gorgonzola são pratos considerados clássicos.

No fim da rua, há ainda a Termas Solarium e o bar Devassa (fechada para obras, a casa reabre na primeira semana de junho). Os dois protagonizaram uma curiosa história. Como o faturamento da Solarium registrou uma queda após a inauguração do bar, já que sua porta fica em frente à varanda do Devassa, os donos, para preservar o anonimato dos clientes, colocaram vasos de planta diante da entrada. Porém, ambos fazem questão de ressaltar que não existe animosidade. “Não há hostilidade, mas sim uma cooperação entre nós”, explica Sérgio, gerente da Solarium, que preferiu omitir seu sobrenome.

Concorrência saudável

Mesma opinião dos proprietários do Saturnino e do Botequim Informal, ambos na rua Saturnino de Brito. O primeiro, inaugurado há dois anos, recebe, em sua maioria, pessoas de outros bairros. Diferentemente do segundo, em funcionamento há seis meses, cuja clientela é formada, basicamente, por moradores das redondezas. Outra diferença entre os vizinhos são seus atrativos principais. No bar que é xará da rua, os drinques e os sanduíches estão entre os mais pedidos. Enquanto no Informal, o chopp e os aperitivos são os favoritos.

A pouco mais de cem metros dali, na rua Lineu de Paula Machado, Roberta Sudbrack está à frente do restaurante que leva seu nome. A chefe de cozinha do Palácio da Alvorada durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso, oferece um exclusivo jantar degustação, vende ingredientes especiais, ministra cursos, afora um almoço com menu único. ‘A idéia é apresentar sempre um trabalho exclusivo e totalmente artesanalâ?, disse ela.

A simpática rua Visconde da Graça apresenta duas atrações. O Fazendola tem no almoço a quilo o seu ponto alto, além de saladas e pratos quentes. O Nanquim, inaugurado há menos de um mês, também aposta na comida a quilo durante o dia. Já à noite entra em cena o menu à la carte. No entanto, para Jorge Dodsworth, um dos proprietários, as principais fichas estão colocadas na proximidade dos restaurantes. “Está sendo criado um pólo gastronômico nesta área. Quanto mais casas melhor”.

Desta miscelânea de pratos, bebidas e gostos fica a impressão que o bairro saiu ganhando com a criação deste quadrilátero gastronômico. No entanto, o advogado Maurício Alvarez, de 36 anos, que reside no bairro há dois, faz um alerta. “Estamos no limite. O estacionamento está uma bagunça, além do barulho. É preciso ter cuidado. Mas é claro que a chegada de todos esses bares foi positiva, melhorou bastante. Antes não tínhamos muitas opções”, afirmou o advogado.

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