O advogado Rodrigo Mondego, procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro, anunciou, nesta sexta-feira (11), uma reação contra o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo.
Camargo, através de suas redes sociais, também nesta sexta, chamou o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, assassinado em um quiosque no Rio de Janeiro, de “vagabundo”.
Ele ainda escreveu que a vítima do crime bárbaro “andava e negociava com pessoas que não prestam” e que “foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes”.
Antes, Camargo havia publicado que “não existe a menor possibilidade” de a Fundação Palmares prestar homenagens ao congolês e que Moïse foi vítima de um crime brutal mas “não fez nada relevante no campo da cultura”.
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Mondego ainda informou que a família de Moïse não quer assumir dois quiosques na Barra da Tijuca e desistirá da concessão oferecida pela prefeitura do Rio. Segundo ele, os familiares estão com medo de retaliações. Pelas redes sociais, o procurador escreveu:
A família do Moïse está estarrecida com essa fala criminosa desse sujeito. Já estamos estudando as medidas cabíveis. pic.twitter.com/CB1LYghPsa
— Rodrigo Mondego (@rodrigomondego) February 11, 2022
O deputado Federal Marcelo Freixo (PSB) acionou, nesta noite, o Ministério Público Federal para que sejam tomadas providências em relação às declarações do presidente da Palmares.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) February 11, 2022
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