As filhas e a mulher do ex-policial militar e ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz não compareceram ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ) nesta terça-feira (8), pois se encontram em São Paulo, acompanhando a recuperação dele.
Queiroz informou ao MP que foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor maligno no intestino. A informação foi prestada pela defesa de Queiroz ao MPRJ, segundo nota distribuída à imprensa pelo órgão.
“O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro informa que os depoimentos de Nathália Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz, filhas de Fabrício Queiroz, e de sua companheira Márcia Oliveira de Aguiar, não ocorreram nesta terça-feira”, diz a nota oficial do MPRJ.
Em seguida, o documento acrescenta que: “De acordo com a defesa, ‘todas mudaram-se temporariamente para cidade de São Paulo onde devem permanecer por tempo indeterminado e até o final do tratamento médico e quimioterápico necessários, uma vez que, como é cediço, seu estado de saúde demandará total apoio familiar’”.
O MPRJ também informou que Queiroz pode ter os sigilos bancários e fiscal quebrados, se necessário: “Vale destacar que a prova documental encaminhada pelo COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ao MPRJ tem informações que permitem o prosseguimento das investigações, com a realização de outras diligências de natureza sigilosa, inclusive a quebra dos sigilos bancário e fiscal. O MPRJ seguirá apurando os fatos de forma reservada e sigilosa.”
No último dia 1, Queiroz se submeteu a uma cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo a instituição, ele teve alta no começo da tarde desta terça-feira (8). O ex-assessor estava hospitalizado desde o dia 30 de dezembro.
O nome de Fabrício Queiroz consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) que aponta uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor. O relatório integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu deputados estaduais no início de novembro.
O relatório também identificou um depósito de Queiroz no valor de R$ 24 mil na conta bancária da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o valor se referia a um empréstimo feito a Queiroz.
Queiroz trabalhou no gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro, senador eleito pelo PSL do Rio de Janeiro. O parlamentar disse que somente Queiroz pode se pronunciar sobre as transferências bancárias.
* Com informações da Agência Brasil