Prestes a completar 90 anos de fundação, em janeiro do ano que vem, a seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil elegeu nesta quinta-feira (25) sua primeira mulher presidente.
A advogada criminalista e professora Patricia Vanzolini conduzirá a entidade pelos próximos três anos, em mandato que vai de 2022 a 2024. Ela venceu o atual presidente da entidade, Caio Augusto Silva dos Santos, que buscava a reeleição.
Cinco chapas concorreram no pleito. O terceiro lugar foi da chapa da criminalista Dora Cavalcanti, única chapa em que as candidatas a presidente e vice eram mulheres. Foram utilizadas urnas cedidas pela Justiça Eleitoral.
No Brasil, a categoria possui mais de 1,3 milhão de filiados. Só em São Paulo, a maior seccional do país, estavam aptos a votar 350 mil advogados e advogadas com inscrição profissional definitiva e válida para trabalhar no estado.
Patricia Vanzolini obteve 64.207 votos (35,80%), Caio Augusto Silva dos Santos, 58.821 votos (32,79%); e Dora Cavalcanti, 18.351 votos (10,23%).
Mestre e doutora em direito pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, Vanzolini é professora na Universidade Presbiteriana Mackenzie e no Damásio Educacional. Ela ingressou na OAB em 2002 e exercerá cargo de gestão da entidade pela primeira vez.
A OAB é uma entidade federal independente, não subordinada a nenhum órgão estatal e possui previsão na Constituição Federal como indispensável para a democracia e à função jurisdicional do estado.
O presidente nacional da OAB pode impetrar processos no Supremo Tribunal Federal (STF) e em outros órgãos federais, como ação direta de inconstitucionalidade, em que é possível questionar a legalidade e a validade de leis ou normas federais ou estaduais.
“Vamos trabalhar para fazer uma gestão séria, eficiente e transparente. Unidos, vamos construir uma OAB que nos dê orgulho e que faça a diferença na vida dos advogados. Vamos juntos!”, escreveu no Twitter a nova presidente da OAB.