A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (18), a quarta fase da Operação Registro Espúrio. As investigações têm com objetivo apurar supostos desvios de valores da Conta Especial Emprego e Salário (CEES). Entre os investigados, está o advogado Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz — ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Mandados de busca e apreensão foram emitidos para o apartamento e o escritório de Tiago, que é investigado pelos crimes de peculato e corrupção ativa. A PF chegou a emitir um mandado de prisão temporária para o advogado, porém a ação foi negada pelo Superior Tribunal Federal (STF).
Além de Tiago Cedraz, os agentes cumprem outros 15 mandados de busca e apreensão. Nove mandados de prisão temporária também foram expedidos, incluindo um para Bruno de Carvalho Galiano — sócio de Cedraz. As ações ocorrem em Brasília, Goiânia, Anápolis, São Paulo e Londrina.
A Operação Registro Espúrio, deflagrada em maio deste ano, foi criada para apurar a compra e venda de registros sindicais no MT. A Polícia Federal destacou que o suposto esquema envolvia a cobrança de propina de interessados em fazer o registro de sindicatos no Ministério do Trabalho. Com o pagamento, eles furavam a fila dos pedidos e tinham os registros aprovados com antecedência.
No dia 27 de agosto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou vinte e seis suspeitos de participarem do esquema. Entre os denunciados estão o ex-ministro do Trabalho Helton Yomura; o ex-deputado Roberto Jefferson (presidente do PDT) e sua filha Cristiane Brasil (PTB-RJ); e os deputados federais Jovair Arantes (PTB-GO); Nelson Marquezelli (PTB-SP); Paulinho da Força (SD-SP) e Wilson Filho (PTB-PB).