PF contabiliza R$ 51 milhões em apartamento atribuído a Geddel
Para contar o dinheiro apreendido no bunker atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, a Polícia Federal teve de montar uma estrutura de “cassino”. Além do trabalho dos agentes, foram utilizadas sete máquinas para contar as notas que estavam distribuídas em caixas e malas. O dinheiro em espécie foi localizado nesta terça-feira (5) num endereço em […]
POR Redação SRzd05/09/2017|4 min de leitura
Para contar o dinheiro apreendido no bunker atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, a Polícia Federal teve de montar uma estrutura de “cassino”.
Além do trabalho dos agentes, foram utilizadas sete máquinas para contar as notas que estavam distribuídas em caixas e malas.
O dinheiro em espécie foi localizado nesta terça-feira (5) num endereço em Salvador, na Bahia, que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima, aliado do presidente Michel Temer, como “bunker” para armazenagem das notas.
O endereço foi encontrado com informações obtidas na Operação Cui Bono, que prendeu Geddel no início de julho. O político baiano conseguiu um habeas corpus e cumpre hoje prisão domiciliar.
Os valores apreendidos serão depositado em conta judicial. Por volta de 22h, já havia se contado R$ 42.643,500,00 (quarenta e dois milhões, seiscentos e quarenta e três mil e quinhentos reais) e US$ 2.688,000,00 (dois milhões, seiscentos e oitenta e oito mil dólares americanos) em dinheiro.
Pela cotação corrente, o valor total apreendido foi de R$ 51.030.866,40 (cinquenta e um milhões, trinta mil, oitocentos e sessenta e seis reais e quarenta centavos).
Trata-se da maior apreensão da história do órgão. O cálculo da quantia durou mais de 14h, em razão do grande volume de notas apreendidas.
As malas de dinheiro lembram os métodos utilizados pelo narcotraficante colombiano Pablo Escobar e seus comparsas. No auge das suas práticas criminosas, Escobar não tinha mais onde guardar dinheiro. Além de malas, armários, forros de colchão e fundos falsos, o colombiano alugou apartamentos e chegou até a enterrar dólares no quintal das suas propriedades.
Investigação
Geddel Vieira Lima foi ministro da Secretaria de Governo de Temer até ser acusado, pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de pressioná-lo para liberar um empreendimento imobiliário na Bahia, onde Geddel tem um imóvel e que havia sido barrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), subordinado ao Ministério da Cultura. A área onde está o imóvel é tombada. Após o caso ser revelado, Geddel pediu demissão, ainda em novembro do ano passado.
Poucas semanas depois, Geddel se tornou um dos investigados na Operação Cui Bono, deflagrada no dia 13 de janeiro, que apura irregularidades cometidas na vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, durante o período em que foi comandada pelo político baiano.
A investigação teve origem na análise de conversas registradas em um aparelho de telefone celular apreendido na casa do então deputado Eduardo Cunha.
O teor das mensagens indicam que Cunha e Geddel atuavam para garantir a liberação de recursos por vários setores da Caixa Econômica a empresas que, após o recebimento, pagavam vantagens indevidas aos dois e a outros integrantes do esquema, entre eles Fábio Cleto.
Cleto, que ocupou por indicação de Eduardo Cunha a vice-presidência de Fundos de Governo e Loterias, foi quem forneceu as primeiras informações aos investigadores. Em meados do ano passado, ele fechou acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República.
Em 4 de julho, Geddel foi preso sob acusação do Ministério Público Federal de estar tentando obstruir as investigações. Nove dias depois, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região decretou prisão domiciliar a Geddel, mesmo sem a tornozeleira eletrônica
Além de Geddel, há outros quatro presos preventivos no âmbito das investigações da Operação Sépsis Cui Bono. Já estão detidos os ex-presidentes da Câmara, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, o doleiro Lúcio Funaro e André Luiz de Souza, todos apontados como integrantes da organização criminosa que agiu dentro da Caixa Econômica Federal.
No caso de Eduardo Cunha, Alves e Funaro, já existe uma ação penal em andamento. Os três são réus no processo que apurou o pagamento de propina em decorrência da liberação de recursos do FI-FGTS para a construção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Além deles, respondem à ação, Alexandre Margoto e Fábio Cleto.
Para contar o dinheiro apreendido no bunker atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, a Polícia Federal teve de montar uma estrutura de “cassino”.
Além do trabalho dos agentes, foram utilizadas sete máquinas para contar as notas que estavam distribuídas em caixas e malas.
O dinheiro em espécie foi localizado nesta terça-feira (5) num endereço em Salvador, na Bahia, que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima, aliado do presidente Michel Temer, como “bunker” para armazenagem das notas.
O endereço foi encontrado com informações obtidas na Operação Cui Bono, que prendeu Geddel no início de julho. O político baiano conseguiu um habeas corpus e cumpre hoje prisão domiciliar.
Os valores apreendidos serão depositado em conta judicial. Por volta de 22h, já havia se contado R$ 42.643,500,00 (quarenta e dois milhões, seiscentos e quarenta e três mil e quinhentos reais) e US$ 2.688,000,00 (dois milhões, seiscentos e oitenta e oito mil dólares americanos) em dinheiro.
Pela cotação corrente, o valor total apreendido foi de R$ 51.030.866,40 (cinquenta e um milhões, trinta mil, oitocentos e sessenta e seis reais e quarenta centavos).
Trata-se da maior apreensão da história do órgão. O cálculo da quantia durou mais de 14h, em razão do grande volume de notas apreendidas.
As malas de dinheiro lembram os métodos utilizados pelo narcotraficante colombiano Pablo Escobar e seus comparsas. No auge das suas práticas criminosas, Escobar não tinha mais onde guardar dinheiro. Além de malas, armários, forros de colchão e fundos falsos, o colombiano alugou apartamentos e chegou até a enterrar dólares no quintal das suas propriedades.
Investigação
Geddel Vieira Lima foi ministro da Secretaria de Governo de Temer até ser acusado, pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de pressioná-lo para liberar um empreendimento imobiliário na Bahia, onde Geddel tem um imóvel e que havia sido barrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), subordinado ao Ministério da Cultura. A área onde está o imóvel é tombada. Após o caso ser revelado, Geddel pediu demissão, ainda em novembro do ano passado.
Poucas semanas depois, Geddel se tornou um dos investigados na Operação Cui Bono, deflagrada no dia 13 de janeiro, que apura irregularidades cometidas na vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, durante o período em que foi comandada pelo político baiano.
A investigação teve origem na análise de conversas registradas em um aparelho de telefone celular apreendido na casa do então deputado Eduardo Cunha.
O teor das mensagens indicam que Cunha e Geddel atuavam para garantir a liberação de recursos por vários setores da Caixa Econômica a empresas que, após o recebimento, pagavam vantagens indevidas aos dois e a outros integrantes do esquema, entre eles Fábio Cleto.
Cleto, que ocupou por indicação de Eduardo Cunha a vice-presidência de Fundos de Governo e Loterias, foi quem forneceu as primeiras informações aos investigadores. Em meados do ano passado, ele fechou acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República.
Em 4 de julho, Geddel foi preso sob acusação do Ministério Público Federal de estar tentando obstruir as investigações. Nove dias depois, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região decretou prisão domiciliar a Geddel, mesmo sem a tornozeleira eletrônica
Além de Geddel, há outros quatro presos preventivos no âmbito das investigações da Operação Sépsis Cui Bono. Já estão detidos os ex-presidentes da Câmara, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, o doleiro Lúcio Funaro e André Luiz de Souza, todos apontados como integrantes da organização criminosa que agiu dentro da Caixa Econômica Federal.
No caso de Eduardo Cunha, Alves e Funaro, já existe uma ação penal em andamento. Os três são réus no processo que apurou o pagamento de propina em decorrência da liberação de recursos do FI-FGTS para a construção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Além deles, respondem à ação, Alexandre Margoto e Fábio Cleto.