O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (8). O ex-deputado é o líder do partido do candidato derrotado ao Palácio do Planalto Jair Bolsonaro.

O político garantiu o óbvio; que o PL fará oposição ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O PL não renunciará às suas bandeiras e ideais. Será oposição aos valores comunistas e socialistas, será oposição ao futuro presidente. O Partido Liberal seguirá mais forte do que nunca na busca pela construção de uma nação unida. Hoje nós queremos que ele (Bolsonaro) comande nosso partido. Queremos Bolsonaro à frente dessa luta que ele construiu para levar nosso partido a um patamar mais importante”, explicou.

“Fizemos a maior bancada graças ao presidente Bolsonaro de deputados Federais e senadores. Jamais pensei que pudesse construir uma bancada desse nível”, celebrou.

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Questionado sobre qual é sua posição sobre as urnas, foi dúbio. Para Costa Neto, a disputa para o legislativo valeu, porém, em relação ao segundo turno presidencial, não foi tão taxativo.

“Difícil. Nós vamos ter que esperar o relatório do Exército amanhã. Nós temos diversos questionamentos que nós fizemos para o TSE. Vamos esperar essas respostas. Amanhã eles vão trazer alguma coisa, eu não tenho dúvida disso, senão já tinham apresentado e liquidado o assunto. E depende do que eles apresentarem, vamos brigar para o TSE responder para a gente esses questionamentos que eles possam trazer”, analisou. Depois, perguntado sobre se esse questionamento não colocaria em xeque a eleição de 99 deputados Federais e 8 senadores pelo PL, mudou o tom.

“Valeu (a eleição do Legislativo), lógico que valeu. Não estamos questionando, acho que temos que aguardar o ministério da Defesa, e ninguém questionou de deputados também. Vamos aguardar amanhã”, disse em tom de mistério. “Bolsonaro é nosso capitão, vamos segui-lo no que for preciso”, argumentou sobre seguir eventual questionamento das urnas por Bolsonaro, que até o momento não reconheceu a vitória de Lula.

Ainda sobre o presidente, cravou seu futuro; “Com certeza ele (Bolsonaro) não será candidato a prefeito (do Rio em 2024). Quatro anos passam rápido, ele é jovem. Com certeza. Será nosso candidato a presidente em 2026”, cravou.

Esta foi a primeira entrevista coletiva de Valdemar desde que Bolsonaro se filiou ao partido e um nov momento na trajetória do dirigente partidário que foi condenado e preso no escândalo do Mensalão em 2012 (assista à coletiva na íntegra):