Horas depois de ser afastado do cargo de governador das Alagoas pelo STJ, o Superior Tribunal de Justiça, nesta terça-feira (11), Paulo Dantas (MDB) chamou de “encenação” a operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal que investiga o caso.
A acusação é de um desvio de R$ 54 milhões na Assembleia Legislativa de Alagoas. Dantas disse que vai recorrer da decisão.
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A Operação Edema cumpriu 31 mandados de busca e apreensão na ALE, no Palácio do Governo e na casa de Dantas e de parentes dele. Foram apreendidos R$ 100 mil em espécie na casa do governador e R$ 14 mil com ele em um hotel em São Paulo, além de R$ 150 mil na casa de um cunhado dele. O celular do governador também foi apreendido.
“Revela-se grotesca a ‘ação’ – na verdade, ‘encenação’ – de uma ala da Polícia Federal, que permitiu ser aparelhada para atender interesses político-eleitorais, tentando dar um golpe na minha candidatura à reeleição de governador de Alagoas para favorecer o candidato de Arthur Lira, Rodrigo Cunha”, disse Dantas, em nota à imprensa.
O governador agora afastado faz referência ao segundo turno, que disputa com Rodrigo Cunha (União Brasil). A disputa representa a briga entre os grupos políticos mais importantes no estado, um comandado por Renan Calheiros (MDB) e o outro, pelo presidente da Câmara, o deputado federal Arthur Lira (PP).
No primeiro turno, Dantas recebeu 46,64% dos votos válidos, enquanto o segundo colocado, Rodrigo Cunha, ficou com 26,79%. O vice-governador Dr. Wanderley (MDB) deve assumir o cargo.