O senador pelo estado do Amapá, Davi Alcolumbre (DEM), teria ficado com o salário de seis assessoras de seu gabinete, na prática conhecida como rachadinha.
Segundo reportagem da revista Veja, com o esquema, o ex-presidente do Senado Federal acumulou cerca de R$ 2 milhões ao longo doa anos. As funcionárias recebiam entre R$ 4 mil e R$ 14 mil, mas ficavam com uma parcela pequena deste total, repassando a maior parte para o gabinete do parlamentar
Admitidas, as funcionárias-fantasma criavam uma conta em um banco e entregavam o cartão com a senha da instituição para um funcionário da confiança de Alcolumbre. Em troca, as mulheres recebiam uma quantia em dinheiro muito menor do que o assinalado em seus contratos, de acordo com Veja.
Nesta sexta-feira (29), Alcolumbre negou as acusações através de suas redes sociais:
“Continuarei exercendo meu mandato sem temor e sem me curvar a ameaças, intimidações, chantagens ou tentativas espúrias de associar meu nome a qualquer irregularidade”, escreveu no Twitter.
Leia a nota de Davi Alcolumbre na íntegra:
“Venho sofrendo uma campanha difamatória sem precedentes. Há algumas semanas soltei nota à imprensa informando que não aceitaria ser ameaçado, intimidado e tampouco chantageado. Pois bem, além de repetir firmemente o mesmo posicionamento, acrescento que tenho recebido todo tipo de “aviso”, enviado por pessoas desconhecidas, que dizem ter informações sobre uma orquestração de denúncias mentirosas contra mim.
Primeiro, fui acusado de ser um intolerante religioso (um judeu contra um evangélico), depois um áudio, de quase 10 anos atrás, foi divulgado em uma narrativa venenosa e maldosa de algo que nunca aconteceu.
Na sequência, uma operação da Polícia Federal, iniciada em 2020 e com desdobramentos somente agora, em vários estados, onde apenas um nome foi citado e amplamente divulgado: o meu. Operação na qual não sou investigado.
Agora, novamente, sou surpreendido com uma denúncia que aponta supostas contratações de funcionários fantasmas e até mesmo o repudiável confisco de salários.
Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, que somente tomei conhecimento agora, por ocasião dessa reportagem.
Tomarei as providências necessárias para que as autoridades competentes investiguem os fatos.
Continuarei exercendo meu mandato sem temor e sem me curvar a ameaças, intimidações, chantagens ou tentativas espúrias de associar meu nome a qualquer irregularidade.
É nítido e evidente que se trata de uma orquestração por uma questão política e institucional da CCJ e do Senado Federal”.