Duas medidas. Em entrevista coletiva concedida na noite desta terça-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu críticas feitas a presença do presidente venezuelano Nicolás Maduro no Brasil para o encontro entre líderes da América do Sul realizado hoje.
“Sempre defendi a ideia de que cada país é soberano para decidir modelo político, coisas internas. A mesma exigência que o mundo faz para a Venezuela, não faz para a Arábia Saudita. É muito estranho. Eu quero que a Venezuela seja respeitada. Quero isso para o Brasil e o mundo inteiro”, afirmou o petista.
+ veja o conjunto propostas apresentadas pelo governo brasileiro para a região:
– aprofundar nossa identidade sul-americana também na área monetária, mediante mecanismo de compensação mais eficientes e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais;
– implementar iniciativas de convergência regulatória, desburocratizando procedimentos de exportação e importação de bens;
– ampliar os mecanismos de cooperação de última geração, que envolva serviços, investimentos, comércio eletrônico e política de concorrência;
– atualizar a carteira de projetos do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), reforçando a multimodalidade e priorizando os de alto impacto para a integração física e digital, especialmente nas regiões de fronteira;
– desenvolver ações para o enfrentamento da mudança do clima;
– reativar o Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde, com medidas para ampliar a cobertura vacinal, fortalecer complexo industrial da saúde e expandir atendimento a populações carentes e povos indígenas;
– lançar a discussão sobre a constituição de um mercado sul-americano de energia, que assegure o suprimento, a eficiência do uso de nossos recursos, a estabilidade jurídica, preços justos e a sustentabilidade social e ambiental;
– criar programa de mobilidade regional para estudantes, pesquisadores e professores no ensino superior, algo que foi tão importante na consolidação da União Europeia;
– retomar a cooperação na área de defesa com vistas a dotar a região de maior capacidade de formação e treinamento, intercâmbio de experiências e conhecimentos em matéria de indústria militar, de doutrina e políticas de defesa.