Doria se contrapõe a Bolsonaro e diz que vacina será obrigatória em São Paulo
O governador de São Paulo, João Doria do PSDB, confrontou o presidente Jair Bolsonaro em entrevista coletiva nesta sexta-feira (16) ao falar sobre a vacina que está sendo produzida em parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, a Coronavc. Ele disse que a vacina será obrigatória no Estado. “Eu posso garantir que […]
POR Redação SRzd17/10/2020|4 min de leitura
João Doria e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução de Internet
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O governador de São Paulo, João Doria do PSDB, confrontou o presidente Jair Bolsonaro em entrevista coletiva nesta sexta-feira (16) ao falar sobre a vacina que está sendo produzida em parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, a Coronavc. Ele disse que a vacina será obrigatória no Estado.
“Eu posso garantir que aqui os 45 milhões de brasileiros serão vacinados. Em São Paulo, a vacinação será obrigatória, exceto se o cidadão tiver uma orientação ou atestado médico de que não possa tomar a vacina. Adotaremos medidas legais se houver alguma contrariedade nesse sentido. Não é possível em uma pandemia vacinar alguns e não vacinar outros. Enquanto tivermos pessoas não vacinadas em larga escala, teremos a presença do vírus”, afirmou.
Questionado sobre o viés político do assunto, Doria afirmou que não é razoável imaginar que o governo federal vá colocar ideologias ou visões partidárias e eleitorais sobre algo que salva vidas.
“A cada dia sem a vacina no Brasil, mais de 700 pessoas perdem a vida… A posição do governo de São Paulo é colocar a vacina absolutamente distante de qualquer debate político. Sempre foi assim, desde o início do combate à pandemia aqui”, disse o tucano, que disparou: “São Paulo não é negacionista”.
João Doria com amostra da CoronaVac. Foto: Governo de São Paulo
O Instituto Butantan tem participado do desenvolvimento da chamada CoronaVac em conjunto com o laboratório chinês Sinovac, mas a ação já foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, que classificou o produto como a vacina “que um governador resolveu acertar com outro país”.
Após a afirmação de Doria, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (16) que essa medida só poderia ser tomada com a anuência do governo federal o que, segundo ele, não vai ocorrer.
Sem citar o nome do governador paulista, Bolsonaro usou as redes sociais para dizer que o Ministério da Saúde irá realizar a vacinação “sem açodamento”.
“O MS irá oferecer a vacinação, de forma segura, sem açodamento, no momento oportuno, após comprovação científica e validada pela Anvisa, contudo, sem impor ou tornar a vacinação obrigatória”, escreveu o presidente, que tem defendido sempre que as pessoas não sejam obrigadas a se vacinar.
No dia 31 de agosto, Bolsonaro deu uma declaração no sentido exatamente oposto. Falando a apoiadores, ele sinalizou que a vacinação contra o novo Coronavírus não será obrigatória no Brasil. “Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”, afirmou o ex-capitão ao ser questionado por uma apoiadora.
A lei nº 6.259, do Programa Nacional de Imunizações, prevê que o Ministério da Saúde pode instituir campanhas de vacinação obrigatória, no entanto, as campanhas geralmente são voltadas para crianças e adolescentes e não obrigam adultos a se vacinarem.
Próximas etapas da vacina
O governador possui reuniões marcadas para o próximo dia 21 com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e com o diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, para negociações a respeito da CoronaVac, que ainda não foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Um resumo dos relatórios de testagem da vacina no Brasil será encaminhado à Anvisa na segunda-feira, mas Doria afirmou que o órgão já possui todos os dados necessários, uma vez que estes são acompanhados diariamente.
O imunizante está na fase 3 de testes, com voluntários, última antes da liberação. Se tudo der certo, a previsão de Doria é iniciar a vacinação no estado em 15 de dezembro.
O governador de São Paulo, João Doria do PSDB, confrontou o presidente Jair Bolsonaro em entrevista coletiva nesta sexta-feira (16) ao falar sobre a vacina que está sendo produzida em parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, a Coronavc. Ele disse que a vacina será obrigatória no Estado.
“Eu posso garantir que aqui os 45 milhões de brasileiros serão vacinados. Em São Paulo, a vacinação será obrigatória, exceto se o cidadão tiver uma orientação ou atestado médico de que não possa tomar a vacina. Adotaremos medidas legais se houver alguma contrariedade nesse sentido. Não é possível em uma pandemia vacinar alguns e não vacinar outros. Enquanto tivermos pessoas não vacinadas em larga escala, teremos a presença do vírus”, afirmou.
Questionado sobre o viés político do assunto, Doria afirmou que não é razoável imaginar que o governo federal vá colocar ideologias ou visões partidárias e eleitorais sobre algo que salva vidas.
“A cada dia sem a vacina no Brasil, mais de 700 pessoas perdem a vida… A posição do governo de São Paulo é colocar a vacina absolutamente distante de qualquer debate político. Sempre foi assim, desde o início do combate à pandemia aqui”, disse o tucano, que disparou: “São Paulo não é negacionista”.
João Doria com amostra da CoronaVac. Foto: Governo de São Paulo
O Instituto Butantan tem participado do desenvolvimento da chamada CoronaVac em conjunto com o laboratório chinês Sinovac, mas a ação já foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, que classificou o produto como a vacina “que um governador resolveu acertar com outro país”.
Após a afirmação de Doria, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (16) que essa medida só poderia ser tomada com a anuência do governo federal o que, segundo ele, não vai ocorrer.
Sem citar o nome do governador paulista, Bolsonaro usou as redes sociais para dizer que o Ministério da Saúde irá realizar a vacinação “sem açodamento”.
“O MS irá oferecer a vacinação, de forma segura, sem açodamento, no momento oportuno, após comprovação científica e validada pela Anvisa, contudo, sem impor ou tornar a vacinação obrigatória”, escreveu o presidente, que tem defendido sempre que as pessoas não sejam obrigadas a se vacinar.
No dia 31 de agosto, Bolsonaro deu uma declaração no sentido exatamente oposto. Falando a apoiadores, ele sinalizou que a vacinação contra o novo Coronavírus não será obrigatória no Brasil. “Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”, afirmou o ex-capitão ao ser questionado por uma apoiadora.
A lei nº 6.259, do Programa Nacional de Imunizações, prevê que o Ministério da Saúde pode instituir campanhas de vacinação obrigatória, no entanto, as campanhas geralmente são voltadas para crianças e adolescentes e não obrigam adultos a se vacinarem.
Próximas etapas da vacina
O governador possui reuniões marcadas para o próximo dia 21 com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e com o diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, para negociações a respeito da CoronaVac, que ainda não foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Um resumo dos relatórios de testagem da vacina no Brasil será encaminhado à Anvisa na segunda-feira, mas Doria afirmou que o órgão já possui todos os dados necessários, uma vez que estes são acompanhados diariamente.
O imunizante está na fase 3 de testes, com voluntários, última antes da liberação. Se tudo der certo, a previsão de Doria é iniciar a vacinação no estado em 15 de dezembro.