Em áudio, empresário denuncia propina em pneu na gestão de Ribeiro no MEC

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Ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro teria autorizado que contratos de obras federais de escolas públicas fossem negociados em troca de reformas de igrejas, segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, publicada na tarde desta quinta-feira (22). As igrejas em questão eram de dois pastores, Gilmar Santos e Arilton Moura, ambos acusados […]

POR Redação SRzd22/09/2022|3 min de leitura

Em áudio, empresário denuncia propina em pneu na gestão de Ribeiro no MEC

Jair Bolsonaro e Milton Ribeiro. Foto: Clauber Caetano/Agência Brasil

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Ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro teria autorizado que contratos de obras federais de escolas públicas fossem negociados em troca de reformas de igrejas, segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, publicada na tarde desta quinta-feira (22).

As igrejas em questão eram de dois pastores, Gilmar Santos e Arilton Moura, ambos acusados de envolvimento em casos de corrupção no MEC já revelados este ano e que culminaram com a saída de Ribeiro do governo e prisão posterior.


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O caso foi delatado ao jornal pelo empresário Ailson Souto Trindade, do ramo da construção civil, que também é candidato a deputado estadual no Pará, pelo Progressistas. A propina teria de ser entregue em dinheiro vivo e escondida na roda de uma caminhonete.

A investigação sobre a suspeita de corrupção no MEC é alvo de um inquérito, que tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal.

Trindade detalhou ao Estadão como funcionava o repasse. “Funcionou assim: o ministro fez uma reunião com todos os prefeitos (no prédio do MEC, dia 13 de janeiro de 2021). Depois houve o coquetel, num andar mais acima. Lá, a gente conversou, teve essa conversa com o ministro. Eu não sabia nem quem era o ministro. Ele se apresentou: ‘Eu sou Milton, o ministro da Educação, e o Gilmar já me passou o que ele propôs para você e eu preciso colocar a tua empresa para ganhar licitações, para facilitar as licitações. Em troca você ajuda a igreja. O pastor Gilmar vai conversar com você em relação a tudo isso”, relatou.

“Eles falaram: ‘existe uma proposta para tu fazer isso (as obras)’. Aí eu disse: ‘que proposta?’. ‘Bom, a gente está precisando reformar umas igrejas e estamos precisando também construir alguns templos, no Maranhão, no Pará, e também outros lugares. Então estamos precisando de R$ 100 milhões para fazer isso’. Aí eu falei: ‘mas o que que eu vou ganhar em troca? Como é que vai acontecer? A igreja vai contratar minha empresa?’ ‘Não, a gente faz um contrato, entendeu? Faz o contrato com a empresa, a igreja contrata a tua empresa e eu consigo articular para tua empresa fazer as obras do governo federal”, contou.

Ao Estado de S.Paulo, o ex-ministro de Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, afirmou que as acusações são “mentirosas e levianas” (ouça a denúncia):

Ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro teria autorizado que contratos de obras federais de escolas públicas fossem negociados em troca de reformas de igrejas, segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, publicada na tarde desta quinta-feira (22).

As igrejas em questão eram de dois pastores, Gilmar Santos e Arilton Moura, ambos acusados de envolvimento em casos de corrupção no MEC já revelados este ano e que culminaram com a saída de Ribeiro do governo e prisão posterior.


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O caso foi delatado ao jornal pelo empresário Ailson Souto Trindade, do ramo da construção civil, que também é candidato a deputado estadual no Pará, pelo Progressistas. A propina teria de ser entregue em dinheiro vivo e escondida na roda de uma caminhonete.

A investigação sobre a suspeita de corrupção no MEC é alvo de um inquérito, que tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal.

Trindade detalhou ao Estadão como funcionava o repasse. “Funcionou assim: o ministro fez uma reunião com todos os prefeitos (no prédio do MEC, dia 13 de janeiro de 2021). Depois houve o coquetel, num andar mais acima. Lá, a gente conversou, teve essa conversa com o ministro. Eu não sabia nem quem era o ministro. Ele se apresentou: ‘Eu sou Milton, o ministro da Educação, e o Gilmar já me passou o que ele propôs para você e eu preciso colocar a tua empresa para ganhar licitações, para facilitar as licitações. Em troca você ajuda a igreja. O pastor Gilmar vai conversar com você em relação a tudo isso”, relatou.

“Eles falaram: ‘existe uma proposta para tu fazer isso (as obras)’. Aí eu disse: ‘que proposta?’. ‘Bom, a gente está precisando reformar umas igrejas e estamos precisando também construir alguns templos, no Maranhão, no Pará, e também outros lugares. Então estamos precisando de R$ 100 milhões para fazer isso’. Aí eu falei: ‘mas o que que eu vou ganhar em troca? Como é que vai acontecer? A igreja vai contratar minha empresa?’ ‘Não, a gente faz um contrato, entendeu? Faz o contrato com a empresa, a igreja contrata a tua empresa e eu consigo articular para tua empresa fazer as obras do governo federal”, contou.

Ao Estado de S.Paulo, o ex-ministro de Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, afirmou que as acusações são “mentirosas e levianas” (ouça a denúncia):

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