O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, concedeu entrevista para a jornalista Daniela Pinheiro, do portal UOL.
Ao comentar o processo eleitoral deste ano, que desenha-se como um dos mais tensos desde a redemocratização, fez uma declaração surpreendente.
Relator do processo que analisou o escândalo do Mensalão, durante o primeiro governo petista, em 2005, Barbosa disse não duvidar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Sergio Moro (Podemos), possam ser assassinados durante a campanha para presidente.
“Não duvido. Essa turma do outro lado é sanguinária, não tem limites. Pode vir um doido e fazer isso mesmo”, afirmou.
Joaquim Barbosa ainda informou não ter descartado a possibilidade de se candidatar: “Há conversas, depende, continuo muito reticente em relação à política. Não preciso da política. Entrar na política é uma guerra, é um jogo sujo. As pessoas se incomodam até mesmo se você pensa em entrar para a política. Veja o que aconteceu com o Moro. Precipitou-se, saiu muito cedo, está apanhando adoidado”, ponderou.
O ex-presidente Lula marcou 43% das intenções de voto, em primeiro turno, para as eleições presidenciais, na mais recente pesquisa Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (11). Em segundo lugar, com 25%, está Jair Bolsonaro. O levantamento foi encomendado pela XP.
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