O governo Federal decidiu, na noite desta quinta-feira (14), pela divulgação das informações que registram a entrada dos pastores Arilton Moura Correia e Gilmar da Silva Santos no Palácio do Planalto, em Brasília.
A liberação se deu um dia após o Gabinete de Segurança Institucional se recusar a fornecer as informações sobre as visitas dos dois. Ambos são investigados por atuarem como supostos lobistas junto ao Ministério da Educação.
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A relação aponta que Moura esteve 35 vezes no Palácio do Planalto desde o início do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019, enquanto o pastor Gilmar esteve outras 10 vezes no local, no mesmo período.
Os religiosos são suspeitos de cobrarem propinas em trocas de favores no MEC. Por isso, o sigilo gerou reação de partidos de oposição ao governo, que se movimentam para tentar barrar a restrição de acesso às informações sobre os encontros. As representações foram feitas ao Supremo Tribunal Federal e na Procuradoria-Geral da República.
O GSI, contudo, omitiu que os pastores já estiveram no gabinete do presidente Jair Bolsonaro e até tiraram foto com ele (em destaque na reportagem).
A lista apresentada pelo GSI não informa, por exemplo, um evento realizado em 18 de outubro de 2019, quando Bolsonaro recebeu integrantes da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil Cristo para Todos, instituição presidida por Gilmar.
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