Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu alta hospitalar neste domingo (15) após fazer uma cirurgia de emergência nesta segunda-feira (9) devido a uma hemorragia intracraniana e a outro procedimento na quinta-feira (12) para prevenir complicações.
Ao deixar o Hospital Sírio Libanês em São Paulo, Lula fez uma coletiva de imprensa para atualizar os jornalistas sobre seu quadro de saúde. Dentre os relatos, ele contou como foi o acidente doméstico.
“Eu não estava cortando a unha do pé. Eu estava cortando a unha da mão. Eu não estava em pé. Eu estava sentado. Eu já tinha cortado a minha unha, já tinha lixado a minha unha. Quando eu fui guardar o estojo, eu, em vez de levantar e abrir a gaveta, tentei afastar o meu bumbum do banco. O banco era redondo e eu caí. E bati com a cabeça na hidromassagem e fez um estrago razoável”, disse ele.
“Depois da quinta tomografia, eu achei que estava totalmente curado. Achei que já podia fazer tudo. Voltei a fazer esteira, voltei a fazer musculação. E eu não estava totalmente preparado para voltar a fazer o exercício”, contou.
“Eu estou voltando para casa agora tranquilo, certe de que estou curado e que eu preciso me cuidar”, completou.
Curativos na cabeça
Em entrevista ao “Fantástico’, exibida na noite deste domingo (15), Lula exibiu os curativos na cabeça e relatou os momentos de tensão.
“A última coisa que lembro é quando entrei na ambulância. Só fui acordar no dia seguinte com a cabeça toda embrulhada”, contou o presidente.
Durante a internação, Lula deixou a UTI na sexta-feira (13) e foi transferido para cuidados semi-intensivos, chegando a caminhar pelos corredores do hospital e recebendo visitas da primeira-dama, Janja da Silva, e dos filhos. Agora, o presidente poderá retomar atividades leves, como reuniões, mas continuará sob observação médica até a recuperação completa.
Mesmo com a alta hospitalar, o médico Roberto Kalil Filho esclareceu que o presidente ainda terá acompanhamento nos próximos dias em São Paulo. Ele passará por uma nova tomografia na quinta-feira (19/12) e, do ponto de vista médico, poderá retornar às reuniões: “O presidente está de alta hospitalar e não de alta médica”, pontuou.