Agora que oficializou sua candidatura à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) corre o risco de ser punido caso faça novos ataques ao sistema eleitoral brasileiro ou às urnas eletrônicas.
O atual chefe de Estado pode levar multas, perder tempo de TV e, em último caso, ter o seu registro de candidatura cassado.
Bolsonaro tem questionado repetidamente a lisura do processo eleitoral, mesmo que não existam provas de falhas ou fraudes nas urnas eletrônicas, implementadas no país em 1996.
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Pedido de investigação
Na última semana, o presidente convocou uma reunião com embaixadores estrangeiros. Na ocasião, o chefe do Executivo voltou a fazer acusações sobre a segurança e a confiabilidade do processo, além de criticar o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral, que garante que o processo é seguro.
Após a repercussão do encontro, um grupo de procuradores do Ministério Público Federal assinou um pedido para que Augusto Aras, procurador-geral da República, abrisse uma investigação sobre os ataques sem provas feitos por Bolsonaro ao sistema eleitoral.
O grupo afirma que a conduta do presidente da República diante dos representantes de diversas nações foi uma “afronta e avilta a liberdade democrática” e pode configurar “ilícitos eleitorais decorrentes do abuso de poder”.
Aras, no entanto, divulgou um vídeo, sem mencionar Bolsonaro, defendendo a confiabilidade no sistema eleitoral brasileiro e nas urnas eletrônicas.