Senadores do grupo majoritário da CPI da Covid-19, o chamado G-7, foram até a Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta quarta-feira (27) para entregar em mãos ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o relatório final da comissão aprovado nesta terça-feira (26).
O relatório pede o indiciamento de Jair Bolsonaro por diversos crimes, além de atingir ministros e ex-ministros do atual governo, entre outros.
O ato simbólico tem como objetivo pressionar Aras, alinhado a Bolsonaro, para que ele tome providências diante do relatório e não “engavete” o tema.
Pelo Twitter, o senador Rogério Carvalho, do PT, relatou: “no nosso encontro com Aras, ficou definido a PGR vai investigar todos os denunciados no relatório que têm foro privilegiado. Confrontado sobre um engavetamento até o fim do ano, Aras disparou que tem compromisso com as instituições e regramentos republicanos”.
De acordo com Bela Megale, do jornal “O Globo”, integrantes da PGR avaliam que Aras tenta fazer uma manobra para diminuir o desgaste de Bolsonaro com a CPI da Covid-19. O procurador decidiu que só tomará alguma atitude sobre o documento da Comissão Parlamentar de Inquérito após uma análise prévia por um órgão da PGR.
Procuradores, dizem, no entanto, que Aras não pode delegar a um órgão externo uma função exclusiva do procurador-geral da República, como a de analisar o relatório final da CPI.
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