O Tribunal Superior Eleitoral formou maioria nesta sexta-feira (1) para condenar Jair Bolsonaro (PL) pela propagação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas e as eleições gerais no país. Com isso, o ex-presidente ficará inelegível pelos próximos oito anos.
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Pelas redes sociais, diante da decisão do TSE, imediatamente uma enxurrada de postagens surgiu por parte dos opositores do ex-presidente, celebrando seu afastamento das disputas eleitorais no próximo período.
Lembrando e adaptando um bordão usado contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) quando ela sofreu o impeachment em 2016 – Tchau, querida -, ou apenas comemorando, milhares de internautas sugeriram que Bolsonaro, enfim, trabalhe.
Bolsonaro teve curta carreira militar (1977 – 1988), de onde foi colocado na reserva após ser julgado por rebelar-se contra as condições de trabalho nos quartéis, em 1988.
A partir dali, nunca mais saiu da vida pública ou atuou na iniciativa privada. No mesmo ano elegeu-se vereador pelo PDC, no Rio de Janeiro. Nas eleições de 1990, elegeu-se deputado Federal, também pelo PDC. Viriam em seguida outros seis mandatos sucessivos, até chegar à Presidência da República, em 2018, somando 34 anos ininterruptos ocupando cargos públicos.
Além do PDC, foi filiado a outros oito partidos ao longo de sua carreira política: PPR (1993-95), PPB (1995-2003), PTB (2003-2005), PFL (2005), PP (2005-2016), PSC (2016-2017) e PL, onde está atualmente.
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Imprensa internacional repercute:
O The New York Times diz que a potencial inelegibilidade de Bolsonaro é um “baque considerável na extrema direita”.
O The Washington Post afirmou que a decisão vira de ponta cabeça a carreira política do ex-presidente, “possivelmente eliminando as chances de ele voltar ao poder”.
A rede britânica BBC destacou que Bolsonaro resistiu em reconhecer publicamente sua derrota.
O Financial Times, também britânico, afirma que a maioria pela inelegibilidade “acaba com as esperanças do populista de direita voltar rapidamente ao poder”.
O espanhol El País classificou o ex-presidente de “ultradireitista” e lembrou que ele enfrenta outros processos judiciais.