A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (1º) a volta da recomendação do uso de máscaras de proteção contra Covid-19 em ambientes fechados e unidades escolares contra o aumento brusco de casos e internações por conta da doença. O uso ainda não é obrigatório.
A capital acompanha a decisão do governo estadual que voltou a recomendar o uso do equipamento de proteção individual na terça-feira (31). No estado, a recomendação ocorre em meio a uma alta de 120% de internações por Covid-19 em maio. Apesar do crescimento, 10 milhões de pessoas ainda estão com dose de reforço da vacina atrasada em São Paulo.
“Cabe enfatizar que a utilização da máscara, cobrindo corretamente nariz e boca, em ambientes fechados é uma recomendação. Porém, o uso segue obrigatório em equipamentos de saúde e em transportes coletivos, como ônibus, trens e metrô”, diz texto da Prefeitura.
A capital informou que a decisão levou em conta o aumento na positividade dos testes rápidos antígenos (TRAs) para Covid-19. De 24 a 30 de abril a taxa de positividade foi de 4%, enquanto em 30 de maio, a positividade foi para 18%.
O estado decretou o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em ambientes fechados na metade de março, depois de registrar queda no número de internações em UTIs (unidades de terapia intensiva) e enfermaria por seis semanas seguidas. O uso do equipamento foi instituído pela primeira vez em ambientes fechados e abertos em maio de 2020.
Alta de casos de Covid-19 no Brasil
O mais recente boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira (31), aponta uma estimativa de 7.200 internações por Srag (síndrome respiratória aguda grave) em todo o país entre 22 e 28 de maio — eram 6.100 na semana anterior (o que representa alta de 18%). Desse total, 59,6% estão associados à Covid-19.
De acordo com o painel de acompanhamento da Covid-19 do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), os 166.777 casos confirmados no Brasil na semana entre 22 e 28 de maio representam a maior taxa em dois meses. A última alta foi registrada de 20 a 26 de março – nesse período, foram confirmados 214.913 casos.
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