O presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz, cobrou do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, uma posição firme contra a nota divulgada pelo Ministério da Defesa e a cúpula das Forças Armadas, na noite desta quarta-feira (7).
No texto, o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e os comandantes das três Forças (Exército, Marinha e Aeronáutica), repudiam declarações de Aziz na sessão desta quarta na CPI em que critica a suposta presença de alguns militares nas denúncias de corrupção que envolvem o Ministério da Saúde.
Com tom ameaçador, a nota dos militares diz que eles “não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.
“A nota é desproporcional. Vossa excelência como presidente do Senado deveria dizer isso no seu discurso. Eu sou membro dessa Casa. Vossa excelência deveria dizer que é desproporcional, que não aceita intimidação contra um senador da República”, disse Aziz no plenário do Senado, se dirigindo a Rodrigo Pacheco.
“Podem fazer 50 notas, só não me intimidem. Quando estão me intimidando, estão intimidando o Senado”, afirmou ainda o senador.
Pelas redes sociais, Aziz afirmou que a cúpula militar está tentando distorcer sua fala e o intimidar. “Não aceitarei! Não ataquei os militares brasileiros. Disse que a parte boa do Exército deve estar envergonhada com a pequena banda podre que mancha a história das Forças Armadas”, escreveu.
“Mais uma vez esse grupo se apega a fake news para distorcer os fatos e criar sua narrativa. Mas a verdade sempre aparece”, completou o presidente da CPI da Covid-19.
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