Professor é acusado de racismo após usar ‘blackface’ em aula

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Um professor é acusado de racismo após usar uma máscara com rosto negro durante uma aula virtual para simular como os alunos podiam lidar com pacientes pobres que buscam atendimento médico. A prática considerada racista é conhecida como “blackface”, que consiste na caracterização de personagens do teatro com estereótipos racistas atribuídos aos negros. Os alunos […]

POR Redação SRzd09/10/2020|3 min de leitura

Professor é acusado de racismo após usar ‘blackface’ em aula

Professor é acusado de racismo após usar ‘blackface’ em aula. Foto: Reprodução de Internet

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Um professor é acusado de racismo após usar uma máscara com rosto negro durante uma aula virtual para simular como os alunos podiam lidar com pacientes pobres que buscam atendimento médico.

A prática considerada racista é conhecida como “blackface”, que consiste na caracterização de personagens do teatro com estereótipos racistas atribuídos aos negros.

Os alunos filmaram a tela do computador com a aula do professor. Na imagem é possível ver que o médico usa uma máscara preta e fala de forma jocosa simulando um paciente do Sistema Único de Saúde (SUS).

O caso ocorreu durante aula nessa terça-feira (6) na faculdade de medicina da Santa Casa de São Paulo. “Eu não como essas comidas de fraco daqui do SUS não, sabe? Não como, não. Eu como comida de macho. Você está entendendo?”, disse o profissional Ronald Sergio Pallotta Filho ao simular a conversa.

“A aula que estava sendo exposta aos alunos deveria ser presencial e prática, diretamente com pacientes; por tal motivo me posicionei como ‘ator’ para melhor entendimento dos alunos, acrescendo conteúdo lúdico à explanação”, afirmou ele ao G1. Ainda de acordo com Pallotta, “a utilização da máscara tinha por finalidade apenas demonstrar que se tratava de uma encenação, sem qualquer referência à raça do personagem”.

A Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo,  que abriu uma sindicância para apurar os fatos, informou que repudia veementemente qualquer ação de cunho sexista, racista ou preconceituosa e disse ter sido instaurada uma sindicância interna.

Após apuração dos fatos, o procedimento pode resultar, de acordo com o regimento interno da faculdade, no afastamento do médico envolvido.

“A sindicância, que assegura ao médico o exercício da ampla defesa e do contraditório, tem a duração máxima de 60 dias. Durante a sua duração, o professor está suspenso de suas atividades didáticas”, completou.

Os alunos pretendem levar o caso ao Núcleo de Direitos Humanos da faculdade e ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).










Um professor é acusado de racismo após usar uma máscara com rosto negro durante uma aula virtual para simular como os alunos podiam lidar com pacientes pobres que buscam atendimento médico.

A prática considerada racista é conhecida como “blackface”, que consiste na caracterização de personagens do teatro com estereótipos racistas atribuídos aos negros.

Os alunos filmaram a tela do computador com a aula do professor. Na imagem é possível ver que o médico usa uma máscara preta e fala de forma jocosa simulando um paciente do Sistema Único de Saúde (SUS).

O caso ocorreu durante aula nessa terça-feira (6) na faculdade de medicina da Santa Casa de São Paulo. “Eu não como essas comidas de fraco daqui do SUS não, sabe? Não como, não. Eu como comida de macho. Você está entendendo?”, disse o profissional Ronald Sergio Pallotta Filho ao simular a conversa.

“A aula que estava sendo exposta aos alunos deveria ser presencial e prática, diretamente com pacientes; por tal motivo me posicionei como ‘ator’ para melhor entendimento dos alunos, acrescendo conteúdo lúdico à explanação”, afirmou ele ao G1. Ainda de acordo com Pallotta, “a utilização da máscara tinha por finalidade apenas demonstrar que se tratava de uma encenação, sem qualquer referência à raça do personagem”.

A Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo,  que abriu uma sindicância para apurar os fatos, informou que repudia veementemente qualquer ação de cunho sexista, racista ou preconceituosa e disse ter sido instaurada uma sindicância interna.

Após apuração dos fatos, o procedimento pode resultar, de acordo com o regimento interno da faculdade, no afastamento do médico envolvido.

“A sindicância, que assegura ao médico o exercício da ampla defesa e do contraditório, tem a duração máxima de 60 dias. Durante a sua duração, o professor está suspenso de suas atividades didáticas”, completou.

Os alunos pretendem levar o caso ao Núcleo de Direitos Humanos da faculdade e ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).










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