Mães do Morro da Cachoeirinha recebem o atendimento de duas psicólogas da Zona Sul. O projeto tem como objetivo levar cidadania às famílias desamparadas pelo poder público.
POR Redação SRzd01/06/2006|4 min de leitura
Mães do Morro da Cachoeirinha recebem o atendimento de duas psicólogas da Zona Sul. O projeto tem como objetivo levar cidadania às famílias desamparadas pelo poder público.
POR Redação SRzd01/06/2006|4 min de leitura
Os moradores do Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio, recebem a visita semanal de duas jovens psicólogas que prestam atendimento a 40 mães da comunidade. O projeto, financiado por Lea Klabin, tem como meta orientar e informar pessoas desamparadas pelo poder público. ‘O Estado não participa, está ausente. A Cachoeirinha é muito pobre e violenta, se os governos apoiassem seria mais fácilâ?, diz ela, que reclama das objeções para se implantar projetos como o seu. ‘As dificuldades são enormes. Lutamos contra quase tudo. A elite é difícil, os governos são problemáticos, mas a felicidade de ver o trabalho sendo realizado recompensaâ?.
As mulheres com um ou mais filhos são o alvo da idéia. Para Léa, que há 20 anos desenvolve trabalhos em comunidades carentes, elas são as principais vítimas do abandono do Estado. ‘As mulheres nessas áreas pobres ficam com toda a responsabilidade, os maridos desaparecem, nós temos que fortalecê-lasâ? afirma ela, que gasta em torno de R$ 1000 por mês com as mães da Cachoeirinha.
Psicólogas levam cidadania ao morro
Toda terça-feira elas fazem tudo sempre igual, mas com muito prazer. É o dia em que as psicólogas Joana Viegas, de 25 anos, e Fabiana Bellingrodt, de 26, saem da Zona Sul para ouvir as mães inscritas no projeto. ‘São mulheres sofridas, com pouco dinheiro, a maioria tem um nível de escolaridade baixo. Nosso objetivo é ouvi-las e conscientizá-las dos seus direitos, passar um pouco de cidadaniaâ?, afirma Joana, que, assim como sua colega, é remunerada.
Cada mãe freqüenta as reuniões durante dois anos. Após esse período, ela é substituída por outra que aguarda na longa lista de espera. ‘Infelizmente, não é possível atender todas as mães. Nossa infra-estrutura é pequena. Quero aumentar o número de pessoas atendidas, mas preciso de mais verbaâ?, lamenta Lea.
Moradora elogia reuniões
Os encontros, realizados na quadra de esportes da associação de moradores, contam com a presença de Adriana Nazaré, de 33 anos, casada e mãe de três crianças. Ela, uma das mais entusiasmadas, passou a comparecer às reuniões quando se deparou com uma dificuldade em sua vida. ‘Estava com um sério problema, precisava de ajuda. Elas (as psicólogas) me ajudaram muitoâ?.
Adriana destaca também as ações postas em prática com o auxílio das profissionais, além da melhoria em sua vida social. ‘Antes, só ficava dentro de casa, melhorou meu relacionamento com os vizinhos. A gente recebe muita informação. Conseguimos até chamar a Serla (órgão estadual responsável pelos rios e lagoas), que fez a dragagem de um rio que tinha transbordadoâ?.
Doação de leite
As mães que comparecem a todas as sessões recebem, ao final de cada mês, duas latas de leite em pó. Esta doação já foi motivo de polêmica. Para Joana, no entanto, este é um problema superado. ‘Achava que a distribuição do leite dava um caráter assistencialista ao projeto, mas depois percebi o quanto era importante aquele gesto. São pessoas paupérrimas, o leite funciona como um elemento motivadorâ?, afirma ela, cujo trabalho é supervisionado pela experiente psicóloga Maria Florentina Camerini, que há 25 anos atua em áreas carentes.
Festa junina e passeio cultural
Outra questão ressaltada por Joana, é a dificuldade enfrentada pelas crianças na Cachoeirinha. ‘Elas têm responsabilidade muito cedo. Ajudam em casa, têm obrigações que não deveriam ter na idade delasâ?. Pensando também nesse aspecto, as mães se reuniram e vão promover uma festa junina neste sábado, a partir de 13h, na quadra de esportes da associação de moradores. A receita obtida com a venda de comidas e bebidas vai ser utilizada em um passeio cultural. Mais um plano deste incansável, e obstinado, grupo que luta para sobreviver em meio à indiferença da sociedade e da classe política.
Os moradores do Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio, recebem a visita semanal de duas jovens psicólogas que prestam atendimento a 40 mães da comunidade. O projeto, financiado por Lea Klabin, tem como meta orientar e informar pessoas desamparadas pelo poder público. ‘O Estado não participa, está ausente. A Cachoeirinha é muito pobre e violenta, se os governos apoiassem seria mais fácilâ?, diz ela, que reclama das objeções para se implantar projetos como o seu. ‘As dificuldades são enormes. Lutamos contra quase tudo. A elite é difícil, os governos são problemáticos, mas a felicidade de ver o trabalho sendo realizado recompensaâ?.
As mulheres com um ou mais filhos são o alvo da idéia. Para Léa, que há 20 anos desenvolve trabalhos em comunidades carentes, elas são as principais vítimas do abandono do Estado. ‘As mulheres nessas áreas pobres ficam com toda a responsabilidade, os maridos desaparecem, nós temos que fortalecê-lasâ? afirma ela, que gasta em torno de R$ 1000 por mês com as mães da Cachoeirinha.
Psicólogas levam cidadania ao morro
Toda terça-feira elas fazem tudo sempre igual, mas com muito prazer. É o dia em que as psicólogas Joana Viegas, de 25 anos, e Fabiana Bellingrodt, de 26, saem da Zona Sul para ouvir as mães inscritas no projeto. ‘São mulheres sofridas, com pouco dinheiro, a maioria tem um nível de escolaridade baixo. Nosso objetivo é ouvi-las e conscientizá-las dos seus direitos, passar um pouco de cidadaniaâ?, afirma Joana, que, assim como sua colega, é remunerada.
Cada mãe freqüenta as reuniões durante dois anos. Após esse período, ela é substituída por outra que aguarda na longa lista de espera. ‘Infelizmente, não é possível atender todas as mães. Nossa infra-estrutura é pequena. Quero aumentar o número de pessoas atendidas, mas preciso de mais verbaâ?, lamenta Lea.
Moradora elogia reuniões
Os encontros, realizados na quadra de esportes da associação de moradores, contam com a presença de Adriana Nazaré, de 33 anos, casada e mãe de três crianças. Ela, uma das mais entusiasmadas, passou a comparecer às reuniões quando se deparou com uma dificuldade em sua vida. ‘Estava com um sério problema, precisava de ajuda. Elas (as psicólogas) me ajudaram muitoâ?.
Adriana destaca também as ações postas em prática com o auxílio das profissionais, além da melhoria em sua vida social. ‘Antes, só ficava dentro de casa, melhorou meu relacionamento com os vizinhos. A gente recebe muita informação. Conseguimos até chamar a Serla (órgão estadual responsável pelos rios e lagoas), que fez a dragagem de um rio que tinha transbordadoâ?.
Doação de leite
As mães que comparecem a todas as sessões recebem, ao final de cada mês, duas latas de leite em pó. Esta doação já foi motivo de polêmica. Para Joana, no entanto, este é um problema superado. ‘Achava que a distribuição do leite dava um caráter assistencialista ao projeto, mas depois percebi o quanto era importante aquele gesto. São pessoas paupérrimas, o leite funciona como um elemento motivadorâ?, afirma ela, cujo trabalho é supervisionado pela experiente psicóloga Maria Florentina Camerini, que há 25 anos atua em áreas carentes.
Festa junina e passeio cultural
Outra questão ressaltada por Joana, é a dificuldade enfrentada pelas crianças na Cachoeirinha. ‘Elas têm responsabilidade muito cedo. Ajudam em casa, têm obrigações que não deveriam ter na idade delasâ?. Pensando também nesse aspecto, as mães se reuniram e vão promover uma festa junina neste sábado, a partir de 13h, na quadra de esportes da associação de moradores. A receita obtida com a venda de comidas e bebidas vai ser utilizada em um passeio cultural. Mais um plano deste incansável, e obstinado, grupo que luta para sobreviver em meio à indiferença da sociedade e da classe política.
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