A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reforçou a denúncia feita por seu antecessor, Rodrigo Janot, contra o senador e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá, e o empresário Jorge Gerdau Johannpeter. Em agosto, Janot havia denunciado que Jucá teria supostamente favorecido o Grupo Gerdau em uma medida provisória em troca de doações eleitorais.
“A Procuradora-Geral da República requer a rejeição das preliminares suscitadas pelo acusado e o integral recebimento da denúncia, com a citação do acusado e o início da instrução processual penal, até final condenação”, disse Dodge em manifestação ao relator do inquérito, ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a PGR, nos anos de 2010 e 2014, Jucá recebeu, em razão de seu cargo, vantagem indevida no montante de R$ 1.333.333,00, entregues mediante diversas doações efetivadas por Jorge Gerdau Johannpeter ao Diretório Nacional e ao Diretório Estadual de Roraima do PMDB, para garantir sua atuação parlamentar em favor de interesses do Grupo Gerdau.