Recompensa de até mil reais por denúncia sobre balões

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Apesar de criminosa, prática é comum neste mês do ano.

POR Redação SRzd24/07/2006|5 min de leitura

Recompensa de até mil reais por denúncia sobre balões
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Eles são bonitos, enfeitam o céu, muitas vezes carregam lindas figuras, faixas e nomes de pessoas, prestando homenagens. Mas a prática de soltá-los é crime. Os balões provocam incêndios, principalmente em áreas florestais, além de pôr em risco as atividades aéreas. Homens do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro saíram às ruas este ano pelo menos 50 vezes para combater incêndios provocados pela queda de balões.

Foi no Rio de Janeiro que a polícia apreendeu o maior balão já fabricado no mundo, com 65 metros de altura, semipronto, equivalente a um prédio de 22 andares.

Recentemente, um incêndio provocado pela queda de um balão destruiu um dos quatro depósitos da Supervia na Rua Marechal Alencastro 296, em Deodoro, no suburbio do Rio. As chamas se alastraram rapidamente e todo material estocado foi destruído. Estavam estocados geradores de energia, material elétrico e madeira. Os bombeiros tiveram tanto trabalho para combater as chamas que tiveram que solicitar ajuda de soldados de quatro quartéis.

Disque-Denúncia oferece recompensa

Entre os meses de maio e agosto, o servico Disque-Denúncia intensifica a campanha para mobilizar a população a participar no combate e prevenção à prática de confecção, comercialização, soltura e realização de festivais de balões. A participação popular ocorre através das ligações anônimas feitas para a Central, que encaminha as informações recebidas para os orgaos competentes.

Quem fornecer informações, através da Central Disque-Denúncia (2253-1177), que resultem em apreensões de balões e detenção de baloeiros, podera receber uma recompensa de R$ 300,00 à R$ 1.000,00.

No dia 9 de julho, policiais do Batalhão de Polícia Florestal e do Meio Ambiente impediram uma soltura de balões no Sítio da Amizade, no quilômetro 196 da rodovia Presidente Dutra, em Queimados, graças a uma denúncia anônima feita ao Disque-Denúncia. De acordo com a polícia, havia mais de mil pessoas no local, mas ninguém foi preso.

Prática é mais comum no Rio e em São Paulo

Os baloeiros são organizados em turmas. Atualmente, são cerca de mil na Grande São Paulo e outras mil no Rio de Janeiro, cada uma tendo, em média, 25 integrantes. As duas cidades são responsáveis por 60% do total de balões soltos. Em terceiro lugar, mas crescendo muito nos últimos anos, está o Paraná, com 15%. Os 25% restantes estão distribuídos pelos outros estados. A Sociedade dos Amigos do Balão estima que 100 mil balões sejam soltos a cada ano pelas turmas no Brasil.

Além de por a vida da populacao em risco, a prática criminosa de soltar balões vem incomodando os moradores de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, por um motivo específico – a invasão de propriedade pelos baloeiros. E o que relata o morador do bairro Darcy Oliveira. ‘Estamos sofrendo com as intimidações e invasões de residências feitas por quem solta balão, ou seja, quando eles fazem os chamados “resgates dos baloes”. Eles não respeitam os moradores e invadem mesmo, com o argumento de recuperar um balão que caiu, causando terror, danos às casas, e muitas vezes roubando objetos dos moradoresâ?, reclama ele, indignado.

Acidentes aéreos provocados por balões

Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronauticos do Ministério da Defesa, de no período de 1993 a 1999, aconteceram sete acidentes provocados por balões no Brasil envolvendo aeronaves. Em 1998, foram recolhidos 118 balões no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e 40 no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Um desses, em maio de 98, caiu sobre asa de um BOEING 737 da American Airlines, em Guarulhos, e provocou um incendio na aeronave.

Em fevereiro de 99, o comandante de um avião da Rio Sul, com 51 passageiros a bordo, experimentou uma desagradável experiência: próximo à Guarulhos-SP, ao cruzar 4500 pés de altitude (cerca de 1.400 metros), em descida, avistou um balão de cerca de 10 andares de altura, em rota de colisão. Mesmo tendo desviado, acabou passado bem próximo ao balao e provocou susto nos passageiros.

O acidente poderia ter sido muito grave. Uma aeronave em descida, com 250 nós, ao colidir com um balão de 150 quilos, receberia um impacto de 208 toneladas, ou seja, equivalente à metade de um Boeing 747. Além disso, há a capacidade explosiva dos fogos de artifício e dos bujões de gás.

De acordo com o Ministério da Defesa, não é possível detectar balões no radar de bordo nem nos radares de controle de tráfego.

Alcance dos balões está cada dia maior

Els já foram avistados a 15.000 pés de altitude. O emprego de buchas acionadas em seqüência aumenta a autonomia, eles permanecem mais tempo no ar. Apresentam dimensões cada vez maiores, ultrapassando 40 metros de altura e peso superior a 100 quilos. A tecnologia empregada utiliza bujões de gás, baterias de automóveis, dentre outros materiais de alta resistência e peso.

Eles são bonitos, enfeitam o céu, muitas vezes carregam lindas figuras, faixas e nomes de pessoas, prestando homenagens. Mas a prática de soltá-los é crime. Os balões provocam incêndios, principalmente em áreas florestais, além de pôr em risco as atividades aéreas. Homens do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro saíram às ruas este ano pelo menos 50 vezes para combater incêndios provocados pela queda de balões.

Foi no Rio de Janeiro que a polícia apreendeu o maior balão já fabricado no mundo, com 65 metros de altura, semipronto, equivalente a um prédio de 22 andares.

Recentemente, um incêndio provocado pela queda de um balão destruiu um dos quatro depósitos da Supervia na Rua Marechal Alencastro 296, em Deodoro, no suburbio do Rio. As chamas se alastraram rapidamente e todo material estocado foi destruído. Estavam estocados geradores de energia, material elétrico e madeira. Os bombeiros tiveram tanto trabalho para combater as chamas que tiveram que solicitar ajuda de soldados de quatro quartéis.

Disque-Denúncia oferece recompensa

Entre os meses de maio e agosto, o servico Disque-Denúncia intensifica a campanha para mobilizar a população a participar no combate e prevenção à prática de confecção, comercialização, soltura e realização de festivais de balões. A participação popular ocorre através das ligações anônimas feitas para a Central, que encaminha as informações recebidas para os orgaos competentes.

Quem fornecer informações, através da Central Disque-Denúncia (2253-1177), que resultem em apreensões de balões e detenção de baloeiros, podera receber uma recompensa de R$ 300,00 à R$ 1.000,00.

No dia 9 de julho, policiais do Batalhão de Polícia Florestal e do Meio Ambiente impediram uma soltura de balões no Sítio da Amizade, no quilômetro 196 da rodovia Presidente Dutra, em Queimados, graças a uma denúncia anônima feita ao Disque-Denúncia. De acordo com a polícia, havia mais de mil pessoas no local, mas ninguém foi preso.

Prática é mais comum no Rio e em São Paulo

Os baloeiros são organizados em turmas. Atualmente, são cerca de mil na Grande São Paulo e outras mil no Rio de Janeiro, cada uma tendo, em média, 25 integrantes. As duas cidades são responsáveis por 60% do total de balões soltos. Em terceiro lugar, mas crescendo muito nos últimos anos, está o Paraná, com 15%. Os 25% restantes estão distribuídos pelos outros estados. A Sociedade dos Amigos do Balão estima que 100 mil balões sejam soltos a cada ano pelas turmas no Brasil.

Além de por a vida da populacao em risco, a prática criminosa de soltar balões vem incomodando os moradores de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, por um motivo específico – a invasão de propriedade pelos baloeiros. E o que relata o morador do bairro Darcy Oliveira. ‘Estamos sofrendo com as intimidações e invasões de residências feitas por quem solta balão, ou seja, quando eles fazem os chamados “resgates dos baloes”. Eles não respeitam os moradores e invadem mesmo, com o argumento de recuperar um balão que caiu, causando terror, danos às casas, e muitas vezes roubando objetos dos moradoresâ?, reclama ele, indignado.

Acidentes aéreos provocados por balões

Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronauticos do Ministério da Defesa, de no período de 1993 a 1999, aconteceram sete acidentes provocados por balões no Brasil envolvendo aeronaves. Em 1998, foram recolhidos 118 balões no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e 40 no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Um desses, em maio de 98, caiu sobre asa de um BOEING 737 da American Airlines, em Guarulhos, e provocou um incendio na aeronave.

Em fevereiro de 99, o comandante de um avião da Rio Sul, com 51 passageiros a bordo, experimentou uma desagradável experiência: próximo à Guarulhos-SP, ao cruzar 4500 pés de altitude (cerca de 1.400 metros), em descida, avistou um balão de cerca de 10 andares de altura, em rota de colisão. Mesmo tendo desviado, acabou passado bem próximo ao balao e provocou susto nos passageiros.

O acidente poderia ter sido muito grave. Uma aeronave em descida, com 250 nós, ao colidir com um balão de 150 quilos, receberia um impacto de 208 toneladas, ou seja, equivalente à metade de um Boeing 747. Além disso, há a capacidade explosiva dos fogos de artifício e dos bujões de gás.

De acordo com o Ministério da Defesa, não é possível detectar balões no radar de bordo nem nos radares de controle de tráfego.

Alcance dos balões está cada dia maior

Els já foram avistados a 15.000 pés de altitude. O emprego de buchas acionadas em seqüência aumenta a autonomia, eles permanecem mais tempo no ar. Apresentam dimensões cada vez maiores, ultrapassando 40 metros de altura e peso superior a 100 quilos. A tecnologia empregada utiliza bujões de gás, baterias de automóveis, dentre outros materiais de alta resistência e peso.

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