Rio. A perícia da Polícia Civil identificou que a fábrica da Maximus Confecções, onde um incêndio deixou 21 pessoas feridas, tinha ligações clandestinas de energia, mais conhecidas como “gato”.
Agora investigadores e peritos querem saber se o “gato” causou o incêndio, que destruiu grande parte do galpão
Todas as máquinas de sublimação, corte e costura operavam 24 horas por dia devido à proximidade do Carnaval e estavam conectadas irregularmente à rede.
O Ministério Público do Trabalho também abriu investigação, sobre as condições de trabalho dos funcionários. O Corpo de Bombeiros afirmou que a fábrica estava com documentação irregular.
O galpão foi interditado pela Polícia Civil. A Defesa Civil identificou risco de desabamento de parte do teto.
Delegado titular da 21ª DP (Bonsucesso), Tiago Dorigo, declarou que uma das principais suspeitas é de que o incêndio tenha começado no maquinário do primeiro andar, o que vai de acordo com os relatos de trabalhadores que ficaram presos na fábrica. Segundo eles, as chamas tiveram início no térreo.
A perícia contou com a participação de investigadores da Polícia Civil e técnicos da Light, concessionária responsável pelo fornecimento de energia.
Conforme investigado pela polícia, há dois CNPJ’s funcionando no mesmo local da fábrica. Trata-se da Maximus Ramo Confecções de Vestuário e a Bravo Zulu Confecções e Representações Ltda. As empresas estão registradas para a mesma função.
Apesar de não possuir autorização do Corpo de Bombeiros para funcionar e constar como inapta junto à Receita Federal por omissões de declarações, a fábrica tinha licença da prefeitura para atuar com confecções.
