Rio de Janeiro. Uma investigação da Polícia Federal mostra relação próxima entre o traficante Philip da Silva Gregório, conhecido como Professor, de 37 anos, e um tenente e um major da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Em uma troca de mensagens obtida pelos investigadores da PF com autorização judicial, Philip e os supostos oficiais falam sobre a troca de comando na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos, na Zona Norte da cidade, pagamentos de propina e até como deve ser a relação entre traficantes e policiais militares no Estado.

O caso foi antecipado na edição desta segunda-feira (28) pelo jornal O Globo.

Durante as investigações, a PF descobriu que o traficante Philip Gregório é o responsável pelo transporte e aquisição de armas, drogas e munição para a quadrilha do Complexo do Alemão. O criminoso tem contatos no Paraguai, Peru, Bolívia e Colômbia.

Gregório é um dos chefes da facção Comando Vermelho.

De acordo com informações de Inteligência Policial, o criminoso se mantém escondido no interior das favelas que compõem o Complexo do Alemão e da Penha, na Zona Norte.

Durante novembro de 2022 e novembro de 2023 conversas entre o professor e policiais militares da Fazendinha foram constantes.

O secretário da Polícia Militar do Rio, coronel Marcelo de Menezes, afirmou que a corregedoria da corporação vai investigar as denúncias.

“A gente não tem compromisso com o erro. Eu determinei que fizéssemos um documento oficial para que toda essa apuração fosse destinada à nossa instituição. A gente vai apurar com todo o rigor e transparência que o caso requer”, afirmou Menezes.