Rio. A chegada de 2025, na maior virada do mundo, reuniu mais de cinco milhões de pessoas, entre cariocas e turistas, no Réveillon do Rio.
Durante a festa nos 13 palcos espalhados por 11 bairros, com cinco pontos com fogos na cidade e um show de lasers inédito, mais de 80 atrações (entre shows, DJs e escolas de samba) se revezaram no maior line-up da história. O Réveillon 2025 – realizado pela Prefeitura do Rio via Riotur com a SRCom – , foi animado por artistas de renome, como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Ivete Sangalo e Anitta.
Somente em Copacabana e no Leme, que reuniu 2,6 milhões de pessoas, foram três palcos – um deles dedicado ao público gospel – e dez balsas com 35 mil disparos de fogos durante 12 minutos, além de um show de lasers inédito. Equipamentos com conexão via GPS garantiram que cada balsa disparasse os fogos com precisão, sincronizados em tempo real.
Uma multidão de cerca de 2,5 milhões de pessoas se distribuiu pelos demais palcos pela cidade, como na Penha e Flamengo que também tiveram fogos. Mas a maior novidade foi o show pirotécnico nas estreias na festa de virada do ano dos recém-inaugurados Parque Oeste, em Inhoaíba, e Parque Realengo Susana Naspolini.
Trilha especial em Copacabana
A trilha sonora, criada especialmente para o evento, incluiu ritmos de todas as regiões do país, além de hits mundiais de artistas como Madonna, Lady Gaga e Coldplay, além de músicas que marcaram o ano e clássicos, como “Evidências”, composta em 1989 por José Augusto e Paulo Sérgio Valle, eternizada na voz de Chitãozinho & Xororó.
Cinco músicos, de todas as regiões do país, foram convidados para contribuírem com a trilha: Milton Guedes (Centro-Oeste), gaita e saxofone; Caesar Barbosa (Nordeste), guitarra; Márcio Jardim (Norte), percussão; Paulo Bessa (Sudeste), eletrônico de funk; e Maycon Ananias (Sul), piano e órgão.
Um pouco antes da contagem regressiva para 2025, houve um manifesto, exibido no telão do palco principal, criando um momento de reflexão, com duração de um minuto.
O espetáculo de fogos, mais uma vez, seguiu todas as recomendações e legalizações dos órgãos competentes, abaixo de 120 decibéis e distanciamento, seguindo todas as normas de segurança, assim como regulamenta o Projeto de Emenda à Lei Orgânica 22-A/2018.
A queima, porém, gerou críticas e teve grande repercussão, devido a uma névoa de fumaça que encobriu o colorido dos fogos.
Em nota, a empresa contratada pela prefeitura desde 2017 para realizar a pirotecnia, a Vision Show Group, informou que a fumaça foi “decorrente da alta umidade do ar”, que chegou a 89% , segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
“Como sabemos, quando a umidade do ar está alta a fumaça ocorre, consequentemente”, disse Marcelo Kokote, diretor da empresa.
Em entrevista após tomar posse para seu quarto mandato no feriado do dia 1º, o prefeito Eduardo Paes (PSD) admitiu o problema dizendo; “muita fumaça mesmo”.
“Eu também não gostei da fumaça. Quero entender e vou me especializar em fogos de artifício para não ter esse tipo de problema. Mas a festa foi linda, tirando essa pequena falha nos fogos. Teve um show histórico de Caetano e Bethânia, a Ivete Sangalo eu também assisti. Depois, meia-noite, fui dormi e não assisti mais. O palco gospel, o palco do samba foram um enorme sucesso. Foi uma linda noite em Copacabana”, ponderou.