Rio. O Governo do Rio de Janeiro anunciou nesta segunda-feira (9) um dos maiores projetos de mobilidade urbana da história do estado: a expansão do sistema metroviário com a criação de mais de 30 novas estações, totalizando 44 km de trilhos adicionais. Entre os principais destaques está a construção da Linha 3, que conectará o Centro do Rio à cidade de São Gonçalo, passando por Niterói. Será a primeira linha de metrô intermunicipal do estado.

De acordo com o Plano Diretor Metroviário (PDM), a Linha 3 partirá da Praça XV, no Centro, cruzará a Baía de Guanabara por meio de um túnel subaquático até Arariboia, em Niterói, e seguirá em direção a Guaxindiba, em São Gonçalo, por um trajeto de 21,7 km. O investimento previsto é de R$ 14,6 bilhões.

Além disso, o projeto inclui:

Extensão da Linha 4: ligará o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, até o Recreio dos Bandeirantes, com 20 km de trilhos e investimento de R$ 9,8 bilhões.

Conexão Estácio x Praça XV: novo trecho de 3,7 km com aporte de R$ 4,4 bilhões, facilitando o acesso direto do metrô ao coração do Centro carioca.

A proposta integra uma Parceria Público-Privada (PPP) com investimento total estimado em R$ 28,8 bilhões, com participação do governo estadual, prefeituras e apoio da União. A expectativa é de que a licitação ocorra no primeiro semestre de 2026. Os primeiros trechos devem entrar em operação a partir de 2031, e a conclusão total está prevista para 2032.

Durante o evento de anúncio, realizado na sede da Secretaria de Estado de Transportes, em Copacabana, estiveram presentes o secretário Washington Reis, o prefeito Eduardo Paes e o ministro das Cidades, Jader Filho. “Estamos aqui discutindo sobre como facilitar o dia a dia das pessoas, encurtar distâncias, melhorar a qualidade do transporte público. O foco são as pessoas”, destacou o ministro.

Atualmente, o sistema metroviário do Rio conta com três linhas, 51 km de extensão e 41 estações, transportando cerca de 650 mil passageiros por dia. Com a expansão, espera-se não apenas aliviar o trânsito e reduzir o tempo de deslocamento, mas também impulsionar o desenvolvimento regional e gerar milhares de empregos.