Soccer versus press: Botafogo classifica UOL como vergonhoso, difamatório e bairrista

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Soccer versus press: Não é de hoje que a imprensa incomoda os mais diferentes setores da sociedade quando o que se lê, ouve ou assiste sobre si ou os seus não é exatamente agradável. Não por acaso, qualquer governo ditatorial de ocasião tem como um dos alvos principais quando toma o Poder os jornalistas e […]

POR Redação SRzd25/09/2024|5 min de leitura

Soccer versus press: Botafogo classifica UOL como vergonhoso, difamatório e bairrista

John Textor. Foto: Getty Images

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Soccer versus press: Não é de hoje que a imprensa incomoda os mais diferentes setores da sociedade quando o que se lê, ouve ou assiste sobre si ou os seus não é exatamente agradável.

Não por acaso, qualquer governo ditatorial de ocasião tem como um dos alvos principais quando toma o Poder os jornalistas e o livre exercício da sua profissão. Foi assim no Brasil nos anos de ‘chumbo’, segue assim em outras tantas partes do mundo.

Para o que não se gosta, num regime democrático, existem as vias legais quando o que é publicado está em desacordo com a verdade. Pede-se direito de reposta, reparação, e a justiça em suas esferas está aí para servir os que se vêem lesados.

No futebol, a relação é pra lá de espinhosa. Historicamente.

E o momento atual é ainda mais favorável para a tempestade perfeita, já que boa parte da crônica esportiva não é formada por profissionais do ramo. A comunicação é difusa e já contaminada, em muitos casos, pela paixão, amadorismo e certa vulgaridade.

Do lado da bola, um outro universo começou a se solidificar com o avanço das SAFs e seus donos. Some-se a “invasão” de um novo e agressivo capital, vindo das bets, ainda em processo de regulamentação no Brasil. Tudo no caldeirão de uma improvável e definitiva arrumação necessária no confuso bastidor/gestão do futebol brasileiro.

E são estes três ingredientes que integram o prato do dia; um veículo de imprensa, um dono de clube e o bastidor do futebol brasileiro.

O americano John Textor comprou a SAF do Botafogo em março de 2022. O clube carioca, alçado no cenário nacional, principalmente, pelos pés de um certo Mané, vivia tempos de penúria. A injeção milionária de grana lhe pareceu, como para outros tantos clubes em situação falimentar no país, a última alternativa para sobreviver.

Se financeiramente o alvinegro ainda deve, e muito, na praça, segundo levantamento feito pela consultoria Ernst & Young algo na casa dos R$ 1,3 bi ao final de 2023, não falta dinheiro para gastar. Só nesta temporada, foram dezenas de milhões o colocando, inclusive, como a equipe da Série A do Brasileirão 2024 como a que fez os maiores investimentos em contratações.

E seu dono não é arrojado apenas para assinar o cheque. Após o desgosto com o revés no certame nacional do ano passado, atirou para todo lado. Afirmou que jogadores da primeira divisão participaram de um esquema de manipulação de jogos. Foi até ao Senado Federal. Até esta noite, nada provou.

Agora, irritou-se pra valer. E o motivo? Justamente uma das principais estrelas de seu elenco foi citada numa reportagem de Igor Siqueira, Rodrigo Mattos e Thiago Arantes no portal UOL versando sobre o mesmo tema do qual Textor usou para justificar o fracasso histórico dentro de campo. Segundo o trio, o atacante Luiz Henrique teria recebido depósitos feitos por parentes do meia Lucas Paquetá, em 2023, que totalizaram R$ 40 mil. Paquetá é alvo de investigação por suposto envolvimento em manipulação de resultados de jogos com casas de apostas.

Mas John não curtiu, nem deu like nessa reportagem. Ele que, há mais de um ano, acusou atletas, árbitros, clubes e de certa forma toda a estrutura do futebol canarinho de farsa sem uma prova irrefutável sequer, enfureceu-se com a publicação e perdeu a esportiva.

Em nota oficial, o Botafogo acusou o UOL de promover contra si uma “agenda difamatória que já dura meses”. Foi além e classificou como “vergonhosa a postura deste veículo a cada dia mais regionalista (paulista) e descredibilizado”.

Aos olhos do alvinegro, o portal tem “o objetivo claro de desestabilizar para impactar o resultado”, referindo-se ao jogo que acontece amanhã contra o São Paulo pela Copa Libertadores. E avisou; “o Botafogo não vai se abalar. Com seu elenco forte e unido, embarca com o apoio da sua torcida na tarde de hoje para São Paulo em busca da classificação para as semifinais da Libertadores”, garante a nota que não cita se Textor, ao acusar clubes coirmãos e atletas profissionais ao longo dos meses, também não estaria usando um artifício para desestabilizar adversários.

Certos de que não foram UOL, nem imprensa os responsáveis pelas últimas décadas de derrotas dentro de campo do clube que brilhou pela luz dos pés de Garrincha e outros gênios nos tempos de ouro da Seleção Brasileira, os botafoguenses, os ‘safianos’, os torcedores de outros clubes, a imprensa e a new generation da cartolagem têm outra certeza: a culpa não é da bola, estrela principal, cada vez mais esquecida no ex-país do futebol.

+ leia a nota do Botafogo/SAF na íntegra:

“O Botafogo não vai aceitar mais um episódio da agenda difamatória do UOL que já dura meses. Desta vez, decidiram publicar esta reportagem na véspera do jogo decisivo contra o São Paulo FC, pela Copa Libertadores, com o objetivo claro de desestabilizar para impactar o resultado. Quais os reais interesses por trás dessa linha editorial?

O clube reitera a vergonhosa postura deste veículo a cada dia mais regionalista (paulista) e descredibilizado, que se mostra absolutamente incomodado com o recente crescimento esportivo e institucional do Botafogo.

Como consta no Certificado Oficial expedido pela Diretora Jurídica da La Liga (1ª divisão espanhola), não há investigação ou pendência jurídica desta natureza envolvendo o jogador Luiz Henrique. O Botafogo não vai se abalar. Com seu elenco forte e unido, embarca com o apoio da sua torcida na tarde de hoje para São Paulo em busca da classificação para as semifinais da Libertadores”.

Soccer versus press: Não é de hoje que a imprensa incomoda os mais diferentes setores da sociedade quando o que se lê, ouve ou assiste sobre si ou os seus não é exatamente agradável.

Não por acaso, qualquer governo ditatorial de ocasião tem como um dos alvos principais quando toma o Poder os jornalistas e o livre exercício da sua profissão. Foi assim no Brasil nos anos de ‘chumbo’, segue assim em outras tantas partes do mundo.

Para o que não se gosta, num regime democrático, existem as vias legais quando o que é publicado está em desacordo com a verdade. Pede-se direito de reposta, reparação, e a justiça em suas esferas está aí para servir os que se vêem lesados.

No futebol, a relação é pra lá de espinhosa. Historicamente.

E o momento atual é ainda mais favorável para a tempestade perfeita, já que boa parte da crônica esportiva não é formada por profissionais do ramo. A comunicação é difusa e já contaminada, em muitos casos, pela paixão, amadorismo e certa vulgaridade.

Do lado da bola, um outro universo começou a se solidificar com o avanço das SAFs e seus donos. Some-se a “invasão” de um novo e agressivo capital, vindo das bets, ainda em processo de regulamentação no Brasil. Tudo no caldeirão de uma improvável e definitiva arrumação necessária no confuso bastidor/gestão do futebol brasileiro.

E são estes três ingredientes que integram o prato do dia; um veículo de imprensa, um dono de clube e o bastidor do futebol brasileiro.

O americano John Textor comprou a SAF do Botafogo em março de 2022. O clube carioca, alçado no cenário nacional, principalmente, pelos pés de um certo Mané, vivia tempos de penúria. A injeção milionária de grana lhe pareceu, como para outros tantos clubes em situação falimentar no país, a última alternativa para sobreviver.

Se financeiramente o alvinegro ainda deve, e muito, na praça, segundo levantamento feito pela consultoria Ernst & Young algo na casa dos R$ 1,3 bi ao final de 2023, não falta dinheiro para gastar. Só nesta temporada, foram dezenas de milhões o colocando, inclusive, como a equipe da Série A do Brasileirão 2024 como a que fez os maiores investimentos em contratações.

E seu dono não é arrojado apenas para assinar o cheque. Após o desgosto com o revés no certame nacional do ano passado, atirou para todo lado. Afirmou que jogadores da primeira divisão participaram de um esquema de manipulação de jogos. Foi até ao Senado Federal. Até esta noite, nada provou.

Agora, irritou-se pra valer. E o motivo? Justamente uma das principais estrelas de seu elenco foi citada numa reportagem de Igor Siqueira, Rodrigo Mattos e Thiago Arantes no portal UOL versando sobre o mesmo tema do qual Textor usou para justificar o fracasso histórico dentro de campo. Segundo o trio, o atacante Luiz Henrique teria recebido depósitos feitos por parentes do meia Lucas Paquetá, em 2023, que totalizaram R$ 40 mil. Paquetá é alvo de investigação por suposto envolvimento em manipulação de resultados de jogos com casas de apostas.

Mas John não curtiu, nem deu like nessa reportagem. Ele que, há mais de um ano, acusou atletas, árbitros, clubes e de certa forma toda a estrutura do futebol canarinho de farsa sem uma prova irrefutável sequer, enfureceu-se com a publicação e perdeu a esportiva.

Em nota oficial, o Botafogo acusou o UOL de promover contra si uma “agenda difamatória que já dura meses”. Foi além e classificou como “vergonhosa a postura deste veículo a cada dia mais regionalista (paulista) e descredibilizado”.

Aos olhos do alvinegro, o portal tem “o objetivo claro de desestabilizar para impactar o resultado”, referindo-se ao jogo que acontece amanhã contra o São Paulo pela Copa Libertadores. E avisou; “o Botafogo não vai se abalar. Com seu elenco forte e unido, embarca com o apoio da sua torcida na tarde de hoje para São Paulo em busca da classificação para as semifinais da Libertadores”, garante a nota que não cita se Textor, ao acusar clubes coirmãos e atletas profissionais ao longo dos meses, também não estaria usando um artifício para desestabilizar adversários.

Certos de que não foram UOL, nem imprensa os responsáveis pelas últimas décadas de derrotas dentro de campo do clube que brilhou pela luz dos pés de Garrincha e outros gênios nos tempos de ouro da Seleção Brasileira, os botafoguenses, os ‘safianos’, os torcedores de outros clubes, a imprensa e a new generation da cartolagem têm outra certeza: a culpa não é da bola, estrela principal, cada vez mais esquecida no ex-país do futebol.

+ leia a nota do Botafogo/SAF na íntegra:

“O Botafogo não vai aceitar mais um episódio da agenda difamatória do UOL que já dura meses. Desta vez, decidiram publicar esta reportagem na véspera do jogo decisivo contra o São Paulo FC, pela Copa Libertadores, com o objetivo claro de desestabilizar para impactar o resultado. Quais os reais interesses por trás dessa linha editorial?

O clube reitera a vergonhosa postura deste veículo a cada dia mais regionalista (paulista) e descredibilizado, que se mostra absolutamente incomodado com o recente crescimento esportivo e institucional do Botafogo.

Como consta no Certificado Oficial expedido pela Diretora Jurídica da La Liga (1ª divisão espanhola), não há investigação ou pendência jurídica desta natureza envolvendo o jogador Luiz Henrique. O Botafogo não vai se abalar. Com seu elenco forte e unido, embarca com o apoio da sua torcida na tarde de hoje para São Paulo em busca da classificação para as semifinais da Libertadores”.

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