Troca de farpas, retórica e o ‘fantasma’ no armário; saiba como foi o debate ao governo de SP

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Nesta quinta-feira (16) aconteceu o primeiro debate ao governo do Estado de São Paulo. O encontro foi promovido pelo Grupo Bandeirantes, dividido em quatro blocos e com mediação do jornalista Fábio Pannunzio. Participaram os candidatos Márcio França (PSB), Rodrigo Tavares (PRTB), Paulo Skaf (MDB), Marcelo Cândido (PDT), João Doria (PSDB), Luiz Marinho (PT) e Lisete Arelaro […]

POR Redação SP17/08/2018|6 min de leitura

Troca de farpas, retórica e o ‘fantasma’ no armário; saiba como foi o debate ao governo de SP

Debate na Band. Foto: Band

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Nesta quinta-feira (16) aconteceu o primeiro debate ao governo do Estado de São Paulo.

O encontro foi promovido pelo Grupo Bandeirantes, dividido em quatro blocos e com mediação do jornalista Fábio Pannunzio.

Participaram os candidatos Márcio França (PSB), Rodrigo Tavares (PRTB), Paulo Skaf (MDB), Marcelo Cândido (PDT), João Doria (PSDB), Luiz Marinho (PT) e Lisete Arelaro (PSol). Sete, dos doze postulantes, estiveram presentes atendendo legislação eleitoral que obriga as emissoras a convidarem apenas os partidos ou coligações com mais de cinco assentos no Congresso Nacional.

A maior novidade foi a discussão em torno de tema único em um dos blocos, buscando aprofundar, ao menos, um dos temas de maior interesse entre os eleitores paulistas.

+ segurança pública, gafe e apresentações

Na abertura do encontro na Band, a pergunta foi sobre segurança pública.

Antes, a primeira gafe da noite, quando o mediador errou o nome do atual governador, chamando-o de “Márcio Braga”, prontamente corrigido pelo comandante do executivo paulista.

Em pergunta única para todos os candidatos, foi justamente Márcio França quem iniciou a rodada. Desconhecido de grande parte dos eleitores, fez breve apresentação e exaltou a performance desse setor da gestão pública no Estado, segundo ele, bem sucedida.

Em seguida, Rodrigo Tavares revelou seus sonhos pessoais. Skaf, foi crítico e constatou a falência do sistema, propondo a unificação das polícias, além de observar a necessidade de mudança na legislação.

O pedetista Marcelo Cândido pregou a regionalização do policiamento e prevenção. O ex-prefeito de São Paulo, João Doria, citou dados e elencou medidas práticas, como o aumento de salário dos policiais, propôs o que chamou de “padrão Rota” e prometeu investimento no sistema de monitoramento, inclusive com o uso de Drones.

Luiz Marinho, foi no alvo que dele se esperava; atacou o PSDB e seus 24 anos consecutivos de gestão. Enfatizou a realidade que, de acordo com ele, é trágica. Finalizando a etapa inicial de intervenções, a única mulher presente, professora Lisete, apontou pontos fracos de cada um dos adversários homens e também teceu críticas aos governos do PSDB.

+ um Estado ‘doente’ e os fantasmas no armário

Passadas as devidas apresentações, foi o momento do confronto direto entre os candidatos, explanando sobre tema pré-determinado pela produção do debate: a saúde.

Logo de cara, Marcelo Cândido tocou na questão da “farinata”, polêmica ação da gestão Doria na Prefeitura paulistana, composto a ser distribuído na rede escolar municipal como complemento da merenda, mas que não vingou, sobretudo, devido a onda de críticas de diferentes setores da sociedade. Cândido, disse que Doria não respondeu. Doria, argumentou criticando a legenda de Marcelo por suas práticas. A plateia se manifestou e mereceu intervenção do mediador.

A discussão em torno de uma das maiores preocupações dos paulistas, seguiu integrando os discursos.

Um pequeno duelo entre PT e PSDB, protagonizado por Doria e Marinho, e poucas propostas práticas, foi o que se viu e ouviu nos minutos seguintes.

Nenhum dos padrinhos políticos de alguns candidatos, ou governos anteriores ao qual estavam ligados, mereceu defesa enfática; nem Michel Temer, nem Geraldo Alckmin, nem Lula ou Dilma. Ao contrário, todos procuraram, habilidosamente, desvencilhar-se de seus respectivos fantasmas.

+ renúncia de Doria é destaque do segundo bloco

O segundo bloco trouxe as perguntas dos jornalistas selecionados para questionar os candidatos.

Nesta rodada, os temas foram variados; transporte público, crise hídrica, educação, emprego, agricultura, o tratamento do lixo e o custo do funcionalismo público estadual.

Diferente de outros debates, desta vez, todos os sete participantes foram inseridos na discussão, independente da representatividade partidária ou pela trajetória política, ou ainda pela colocação nas pesquisas, evitando a polarização entre os que são projetados como favoritos nestas eleições pelos institutos de pesquisa.

O momento mais quente e quase inevitável; o de se questionar o fato de João Doria deixar o cargo de prefeito de São Paulo mesmo depois de reiteradas vezes afirmar que não o faria, veio à tona na interlocução com o ex-aliado Márcio França, que destacou que “não muda de ideia, não comete traição com os eleitores, nem com o povo de São Paulo”.

+ troca de farpas e pouca produtividade

Na volta para a terceira parte do encontro, novamente o formato de perguntas e respostas entre os postulantes ao comando do Palácio dos Bandeirantes.

Este trecho foi marcado por pequenas “alfinetadas” e quase nada de soluções para as dezenas de problemas históricos e cotidianos do Estado de São Paulo.

O eterno duelo PT versus PSDB voltou com força em troca de farpas entre Doria e Marinho. A questão ética e as denúncias de corrupção marcaram resposta, comentário, réplica e tréplica. Outro embate evidenciou o incômodo de Skaf ao ser perguntado sobre o que achava do presidente Michel Temer, de seu partido. O empresário usou de retórica e não respondeu indagação objetiva de França colocando o emedebista em saia justa.

Ao fim, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu, na voz do ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, apostando na vitória do petista na disputa presidencial, e sua no Estado, fazendo uma “tabelinha” para devolver, segundo ele, as esperanças ao povo brasileiro. Na réplica, Rodrigo Tavares se colocou como o novo e destacou a candidatura de Bolsonaro e seus aliados sendo a saída para um novo horizonte para a política nacional.

+ considerações finais e a sensação de vazio

O encerramento do debate contou com as tradicionais retóricas considerações finais.

Aplausos tímidos dos correligionários presentes na plateia ao fim de cada despedida e a sensação de que pouco pôde se saber daquilo que o mais populoso Estado do Brasil e sua complexidade administrativa e social merecerá do futuro governador.

Nesta quinta-feira (16) aconteceu o primeiro debate ao governo do Estado de São Paulo.

O encontro foi promovido pelo Grupo Bandeirantes, dividido em quatro blocos e com mediação do jornalista Fábio Pannunzio.

Participaram os candidatos Márcio França (PSB), Rodrigo Tavares (PRTB), Paulo Skaf (MDB), Marcelo Cândido (PDT), João Doria (PSDB), Luiz Marinho (PT) e Lisete Arelaro (PSol). Sete, dos doze postulantes, estiveram presentes atendendo legislação eleitoral que obriga as emissoras a convidarem apenas os partidos ou coligações com mais de cinco assentos no Congresso Nacional.

A maior novidade foi a discussão em torno de tema único em um dos blocos, buscando aprofundar, ao menos, um dos temas de maior interesse entre os eleitores paulistas.

+ segurança pública, gafe e apresentações

Na abertura do encontro na Band, a pergunta foi sobre segurança pública.

Antes, a primeira gafe da noite, quando o mediador errou o nome do atual governador, chamando-o de “Márcio Braga”, prontamente corrigido pelo comandante do executivo paulista.

Em pergunta única para todos os candidatos, foi justamente Márcio França quem iniciou a rodada. Desconhecido de grande parte dos eleitores, fez breve apresentação e exaltou a performance desse setor da gestão pública no Estado, segundo ele, bem sucedida.

Em seguida, Rodrigo Tavares revelou seus sonhos pessoais. Skaf, foi crítico e constatou a falência do sistema, propondo a unificação das polícias, além de observar a necessidade de mudança na legislação.

O pedetista Marcelo Cândido pregou a regionalização do policiamento e prevenção. O ex-prefeito de São Paulo, João Doria, citou dados e elencou medidas práticas, como o aumento de salário dos policiais, propôs o que chamou de “padrão Rota” e prometeu investimento no sistema de monitoramento, inclusive com o uso de Drones.

Luiz Marinho, foi no alvo que dele se esperava; atacou o PSDB e seus 24 anos consecutivos de gestão. Enfatizou a realidade que, de acordo com ele, é trágica. Finalizando a etapa inicial de intervenções, a única mulher presente, professora Lisete, apontou pontos fracos de cada um dos adversários homens e também teceu críticas aos governos do PSDB.

+ um Estado ‘doente’ e os fantasmas no armário

Passadas as devidas apresentações, foi o momento do confronto direto entre os candidatos, explanando sobre tema pré-determinado pela produção do debate: a saúde.

Logo de cara, Marcelo Cândido tocou na questão da “farinata”, polêmica ação da gestão Doria na Prefeitura paulistana, composto a ser distribuído na rede escolar municipal como complemento da merenda, mas que não vingou, sobretudo, devido a onda de críticas de diferentes setores da sociedade. Cândido, disse que Doria não respondeu. Doria, argumentou criticando a legenda de Marcelo por suas práticas. A plateia se manifestou e mereceu intervenção do mediador.

A discussão em torno de uma das maiores preocupações dos paulistas, seguiu integrando os discursos.

Um pequeno duelo entre PT e PSDB, protagonizado por Doria e Marinho, e poucas propostas práticas, foi o que se viu e ouviu nos minutos seguintes.

Nenhum dos padrinhos políticos de alguns candidatos, ou governos anteriores ao qual estavam ligados, mereceu defesa enfática; nem Michel Temer, nem Geraldo Alckmin, nem Lula ou Dilma. Ao contrário, todos procuraram, habilidosamente, desvencilhar-se de seus respectivos fantasmas.

+ renúncia de Doria é destaque do segundo bloco

O segundo bloco trouxe as perguntas dos jornalistas selecionados para questionar os candidatos.

Nesta rodada, os temas foram variados; transporte público, crise hídrica, educação, emprego, agricultura, o tratamento do lixo e o custo do funcionalismo público estadual.

Diferente de outros debates, desta vez, todos os sete participantes foram inseridos na discussão, independente da representatividade partidária ou pela trajetória política, ou ainda pela colocação nas pesquisas, evitando a polarização entre os que são projetados como favoritos nestas eleições pelos institutos de pesquisa.

O momento mais quente e quase inevitável; o de se questionar o fato de João Doria deixar o cargo de prefeito de São Paulo mesmo depois de reiteradas vezes afirmar que não o faria, veio à tona na interlocução com o ex-aliado Márcio França, que destacou que “não muda de ideia, não comete traição com os eleitores, nem com o povo de São Paulo”.

+ troca de farpas e pouca produtividade

Na volta para a terceira parte do encontro, novamente o formato de perguntas e respostas entre os postulantes ao comando do Palácio dos Bandeirantes.

Este trecho foi marcado por pequenas “alfinetadas” e quase nada de soluções para as dezenas de problemas históricos e cotidianos do Estado de São Paulo.

O eterno duelo PT versus PSDB voltou com força em troca de farpas entre Doria e Marinho. A questão ética e as denúncias de corrupção marcaram resposta, comentário, réplica e tréplica. Outro embate evidenciou o incômodo de Skaf ao ser perguntado sobre o que achava do presidente Michel Temer, de seu partido. O empresário usou de retórica e não respondeu indagação objetiva de França colocando o emedebista em saia justa.

Ao fim, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu, na voz do ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, apostando na vitória do petista na disputa presidencial, e sua no Estado, fazendo uma “tabelinha” para devolver, segundo ele, as esperanças ao povo brasileiro. Na réplica, Rodrigo Tavares se colocou como o novo e destacou a candidatura de Bolsonaro e seus aliados sendo a saída para um novo horizonte para a política nacional.

+ considerações finais e a sensação de vazio

O encerramento do debate contou com as tradicionais retóricas considerações finais.

Aplausos tímidos dos correligionários presentes na plateia ao fim de cada despedida e a sensação de que pouco pôde se saber daquilo que o mais populoso Estado do Brasil e sua complexidade administrativa e social merecerá do futuro governador.

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