Ex-comissário relata medo em aeronaves da Voepass; veja 3 possíveis causas da tragédia

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São Paulo. O avião turboélice modelo ATR-72-500 da Voepass Linhas Aéreas caiu repentinamente na cidade de Valinhos, no interior de São Paulo, matando todos os 62 ocupantes na última sexta-feira (9). O acidente foi o quinto maior da aviação brasileira. Após a tragédia, relatos de passageiros sobre problemas e condições do avião ganharam repercussão. Ruy […]

POR Redação SRzd12/08/2024|3 min de leitura

Ex-comissário relata medo em aeronaves da Voepass; veja 3 possíveis causas da tragédia

Avião da Voepass. Reprodução de vídeo

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São Paulo. O avião turboélice modelo ATR-72-500 da Voepass Linhas Aéreas caiu repentinamente na cidade de Valinhos, no interior de São Paulo, matando todos os 62 ocupantes na última sexta-feira (9). O acidente foi o quinto maior da aviação brasileira.

Após a tragédia, relatos de passageiros sobre problemas e condições do avião ganharam repercussão. Ruy Guardiola, pioneiro no uso de ATR no Brasil e um ex-comissário da empresa, que pediu para não ser identificado, falaram sobre o caso a TV Globo.

“A empresa colocava a segurança em segundo ou terceiro plano. Visava mais o lucro e a gente tinha um avião que apelidava de Maria da Fé, pra você ter ideia. Porque só voava pela fé. Porque não tinha explicação de como um avião daquele estava voando”, diz o ex-comissário da Voepass.

O comandante Guardiola voou 15 mil horas nesse avião e trabalhou um mês na Passaredo.

“O problema foi detectado no nível de aquecimento de um dos sistemas. A solução encontrada pela manutenção foi a colocação de um palito de fósforo, ou sei lá, um palito de dente”, contou.

O diretor-presidente dos aeronautas, Henrique Haaklander, aforma que há relatos de “fadigas e falhas na manutenção das aeronaves da Voepass”.

“Depois da pandemia, os tripulantes têm percebido níveis de fadiga ainda maiores. Os relatos mais recentes da Passaredo com relação à área de manutenção são por conta dos sistemas de ar-condicionado, que vinham apresentando algumas precariedades”, disse Haaklander.

+ segundo os especialistas envolvidos, o acidente pode ter três causas prováveis:

Por algum motivo técnico, os pilotos não perceberam o acúmulo do gelo na asa e seguiram voando na mesma altitude até perder a sustentação;

Os pilotos perceberam o acúmulo de gelo, mas os procedimentos seguidos não resolveram e o avião perdeu a sustentação;

Além da questão do gelo, pode ter havido algo relacionado ao “dano estrutura” que os mecânicos detectaram em março passado.

A Voepass Linhas Aéreas informou que sempre que houve ocorrências colocaram a aeronave envolvida em manutenção. A empresa respondeu que informações relacionadas à investigação “serão restritas à Aeronáutica e outras autoridades”.

São Paulo. O avião turboélice modelo ATR-72-500 da Voepass Linhas Aéreas caiu repentinamente na cidade de Valinhos, no interior de São Paulo, matando todos os 62 ocupantes na última sexta-feira (9). O acidente foi o quinto maior da aviação brasileira.

Após a tragédia, relatos de passageiros sobre problemas e condições do avião ganharam repercussão. Ruy Guardiola, pioneiro no uso de ATR no Brasil e um ex-comissário da empresa, que pediu para não ser identificado, falaram sobre o caso a TV Globo.

“A empresa colocava a segurança em segundo ou terceiro plano. Visava mais o lucro e a gente tinha um avião que apelidava de Maria da Fé, pra você ter ideia. Porque só voava pela fé. Porque não tinha explicação de como um avião daquele estava voando”, diz o ex-comissário da Voepass.

O comandante Guardiola voou 15 mil horas nesse avião e trabalhou um mês na Passaredo.

“O problema foi detectado no nível de aquecimento de um dos sistemas. A solução encontrada pela manutenção foi a colocação de um palito de fósforo, ou sei lá, um palito de dente”, contou.

O diretor-presidente dos aeronautas, Henrique Haaklander, aforma que há relatos de “fadigas e falhas na manutenção das aeronaves da Voepass”.

“Depois da pandemia, os tripulantes têm percebido níveis de fadiga ainda maiores. Os relatos mais recentes da Passaredo com relação à área de manutenção são por conta dos sistemas de ar-condicionado, que vinham apresentando algumas precariedades”, disse Haaklander.

+ segundo os especialistas envolvidos, o acidente pode ter três causas prováveis:

Por algum motivo técnico, os pilotos não perceberam o acúmulo do gelo na asa e seguiram voando na mesma altitude até perder a sustentação;

Os pilotos perceberam o acúmulo de gelo, mas os procedimentos seguidos não resolveram e o avião perdeu a sustentação;

Além da questão do gelo, pode ter havido algo relacionado ao “dano estrutura” que os mecânicos detectaram em março passado.

A Voepass Linhas Aéreas informou que sempre que houve ocorrências colocaram a aeronave envolvida em manutenção. A empresa respondeu que informações relacionadas à investigação “serão restritas à Aeronáutica e outras autoridades”.

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