São Paulo. Nos últimos 30 dias, 45 policiais militares foram afastados e dois foram presos por envolvimento em episódios de violência policial em São Paulo.
Entre os casos mais graves, estão agressões contra uma mulher e seu filho, o assassinato de um jovem em frente a um mercado e a execução de um delator do PCC. A maioria dos casos foi registrada por câmeras de segurança ou celulares, e a repercussão gerou novos questionamentos sobre o uso de câmeras corporais pelos policiais.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que anteriormente havia criticado as câmeras nas fardas dos PMs, mudou sua posição diante da pressão pública e admitiu que teve uma visão equivocada sobre a questão.
Em um novo discurso, Tarcísio afirmou estar completamente convencido de que as câmeras são um instrumento de proteção tanto para a sociedade quanto para o policial e prometeu ampliar o programa.
Entre os policiais afastados, um teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O processo disciplinar pode levar até 90 dias para ser concluído, podendo resultar em expulsão da corporação, caso o PM seja condenado judicialmente.
Casos de violência policial em SP incluem a agressão de uma mulher e seu filho por 12 PMs, a prisão de um soldado por matar um homem e a morte de um estudante de medicina. As investigações seguem e os envolvidos estão afastados ou sob custódia.
O governador decidiu ampliar o uso de câmeras nas fardas dos policiais em resposta à crescente violência e à crise na segurança pública.