Saque do FGTS é uma boa? Aprenda a utilizar o dinheiro

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Boa notícia para quem está precisando de dinheiro é que o Governo Federal publicou na semana passada, no Diário Oficial, a medida provisória que libera o saque de até R$ 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Por mais que o FGTS seja um direito de todos os trabalhadores de carteira […]

POR Redação SRzd 23/3/2022| 4 min de leitura

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Saque do FGTS. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

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Boa notícia para quem está precisando de dinheiro é que o Governo Federal publicou na semana passada, no Diário Oficial, a medida provisória que libera o saque de até R$ 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Por mais que o FGTS seja um direito de todos os trabalhadores de carteira assinada, ele normalmente só pode ser utilizado em condições específicas como aposentadoria, demissão sem justa causa e na compra da casa própria.

O problema é que enquanto o trabalhador não utiliza ele fica depositado na Caixa Econômica Federal, rendendo até mesmo menos que a poupança. Essa medida vem como uma forma de combater a crise atual, a alta dos juros e o alto endividamento que realmente estão impactando no bolso dos brasileiros.

Para os trabalhadores que optarem pela utilização dos valores, eles estarão disponíveis a partir de 20 de abril até 15 de dezembro e o crédito pode ser por meio de conta poupança social digital, o Caixa Tem.

Essa renda pode vir em boa hora, mas é preciso cuidado para não a utilizar em gastos desnecessários. “Muitas pessoas usam rendas extras mesmo sem necessidade e em compras que não precisam sem considerar sua situação financeira atual, entrando numa bola de neve de inadimplência. Infelizmente, isso é comum”, conta o presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos.

De acordo com o educador, a decisão de como usar o FGTS vai depender justamente da situação financeira em que a pessoa se encontra. “Se você está em uma situação financeira confortável, a melhor orientação é tirá-lo imediatamente da conta corrente e direcioná-lo para uma aplicação que tenha melhores rendimentos”.

Confira a seguir, orientações para quem está em situação de inadimplência, de equilíbrio financeiro e também para quem já tem o hábito de investir.

Em situação de inadimplência

Caso o valor resgatado seja suficiente para quitar as dívidas em atraso totalmente, mesmo assim é preciso cuidado, avalie se não vai precisar destes valores no futuro, na crise é hora de planejar muito bem os gastos.

Além disto, é válido negociar e conseguir descontos, diminuindo grande parte da dívida. Por outro lado, se não for para quitar 100% da dívida, é mais interessante investir o valor e para ter força para negociar no futuro.

De uma forma ou de outra, o principal a ser feito nessa situação delicada é se educar financeiramente, ou seja, mudar seu comportamento para não mais retornar à inadimplência.

O primeiro passo é olhar para a sua situação de forma honesta e levantar todos os números, traçando um planejamento para renegociar a dívida – agora ou no futuro – em parcelas quem respeitem o orçamento mensal.

Em situação equilibrada ou de investidor

Esse dinheiro pode ser a salvação para não se endividar, assim é preciso de muito cuidado, o valor pode acabar ser utilizado em compras supérfluas e de pouca importância, ao invés de contribuir para a conquista de “gordura” financeira neste momento.

Também é preciso não esquecer que é preciso sonha e cada pessoa deve ter no mínimo três: um de curto prazo (a ser realizado em um ano), outro de médio prazo (entre um e dez anos) e outro de longo prazo (a ser realizado a partir de dez anos).

Mesmo nessa situação, é orientável fazer o saque das contas assim que possível e aplicar o valor em investimentos como poupança, CDB e tesouro direto, entre outras, que rendam mais do que o FGTS, que tem rendimento muito baixo por causa da SELIC menor da história. A modalidade escolhida precisa corresponder ao prazo em que se deseja realizar o sonho, tendo em vista a possibilidade de resgatá-lo no momento desejado sem perder rendimentos.

Enfim, utilizar o FGTS é muito importante no momento, mas é preciso planejamento e cuidado para que esse realmente possa ajudar neste momento ou em momentos futuros. Lembrando que essa crise ainda irá durar por um longo tempo.

* Artigo de autoria de Reinaldo Domingos – PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller “Terapia Financeira”.

Leia também:

+ Tem dinheiro esquecido no banco? Saiba o que fazer com esse valor

+ Rotativo do cartão de crédito é recorde; veja como usar de forma inteligente essa ferramenta

Boa notícia para quem está precisando de dinheiro é que o Governo Federal publicou na semana passada, no Diário Oficial, a medida provisória que libera o saque de até R$ 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Por mais que o FGTS seja um direito de todos os trabalhadores de carteira assinada, ele normalmente só pode ser utilizado em condições específicas como aposentadoria, demissão sem justa causa e na compra da casa própria.

O problema é que enquanto o trabalhador não utiliza ele fica depositado na Caixa Econômica Federal, rendendo até mesmo menos que a poupança. Essa medida vem como uma forma de combater a crise atual, a alta dos juros e o alto endividamento que realmente estão impactando no bolso dos brasileiros.

Para os trabalhadores que optarem pela utilização dos valores, eles estarão disponíveis a partir de 20 de abril até 15 de dezembro e o crédito pode ser por meio de conta poupança social digital, o Caixa Tem.

Essa renda pode vir em boa hora, mas é preciso cuidado para não a utilizar em gastos desnecessários. “Muitas pessoas usam rendas extras mesmo sem necessidade e em compras que não precisam sem considerar sua situação financeira atual, entrando numa bola de neve de inadimplência. Infelizmente, isso é comum”, conta o presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos.

De acordo com o educador, a decisão de como usar o FGTS vai depender justamente da situação financeira em que a pessoa se encontra. “Se você está em uma situação financeira confortável, a melhor orientação é tirá-lo imediatamente da conta corrente e direcioná-lo para uma aplicação que tenha melhores rendimentos”.

Confira a seguir, orientações para quem está em situação de inadimplência, de equilíbrio financeiro e também para quem já tem o hábito de investir.

Em situação de inadimplência

Caso o valor resgatado seja suficiente para quitar as dívidas em atraso totalmente, mesmo assim é preciso cuidado, avalie se não vai precisar destes valores no futuro, na crise é hora de planejar muito bem os gastos.

Além disto, é válido negociar e conseguir descontos, diminuindo grande parte da dívida. Por outro lado, se não for para quitar 100% da dívida, é mais interessante investir o valor e para ter força para negociar no futuro.

De uma forma ou de outra, o principal a ser feito nessa situação delicada é se educar financeiramente, ou seja, mudar seu comportamento para não mais retornar à inadimplência.

O primeiro passo é olhar para a sua situação de forma honesta e levantar todos os números, traçando um planejamento para renegociar a dívida – agora ou no futuro – em parcelas quem respeitem o orçamento mensal.

Em situação equilibrada ou de investidor

Esse dinheiro pode ser a salvação para não se endividar, assim é preciso de muito cuidado, o valor pode acabar ser utilizado em compras supérfluas e de pouca importância, ao invés de contribuir para a conquista de “gordura” financeira neste momento.

Também é preciso não esquecer que é preciso sonha e cada pessoa deve ter no mínimo três: um de curto prazo (a ser realizado em um ano), outro de médio prazo (entre um e dez anos) e outro de longo prazo (a ser realizado a partir de dez anos).

Mesmo nessa situação, é orientável fazer o saque das contas assim que possível e aplicar o valor em investimentos como poupança, CDB e tesouro direto, entre outras, que rendam mais do que o FGTS, que tem rendimento muito baixo por causa da SELIC menor da história. A modalidade escolhida precisa corresponder ao prazo em que se deseja realizar o sonho, tendo em vista a possibilidade de resgatá-lo no momento desejado sem perder rendimentos.

Enfim, utilizar o FGTS é muito importante no momento, mas é preciso planejamento e cuidado para que esse realmente possa ajudar neste momento ou em momentos futuros. Lembrando que essa crise ainda irá durar por um longo tempo.

* Artigo de autoria de Reinaldo Domingos – PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller “Terapia Financeira”.

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