Saúde mental dos brasileiros é uma das piores do mundo pós-pandemia

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Bem-estar. De acordo com o relatório Global Mind Project, que divulga dados anuais sobre o bem-estar no planeta, o Brasil, a África do Sul e o Reino Unido ocupam a última posição na saúde emocional depois de o mundo enfrentar a pandemia de Covid-19. A organização chegou a esta conclusão depois de entrevistar 420 mil pessoas em […]

POR Redação SRzd16/05/2024|3 min de leitura

Saúde mental dos brasileiros é uma das piores do mundo pós-pandemia

Homem usando máscara de proteção contra a Covid-19. Foto: Pikist

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Bem-estar. De acordo com o relatório Global Mind Project, que divulga dados anuais sobre o bem-estar no planeta, o Brasil, a África do Sul e o Reino Unido ocupam a última posição na saúde emocional depois de o mundo enfrentar a pandemia de Covid-19. A organização chegou a esta conclusão depois de entrevistar 420 mil pessoas em 71 países. Pela amostra, no Brasil a proporção dos angustiados é de 34%, sendo as pessoas com menos de 35 anos as mais afetadas.

A pesquisa foi realizada por um questionário com avaliação de capacidades cognitivas e emocionais, como a capacidade de lidar com o stress. O objetivo do estudo é mapear a situação e propor medidas de prevenção. O trabalho remoto, a hiperconectividade e as mudanças no estilo de vida decorrentes da pandemia são as principais causas do abalo na saúde mental das pessoas.

“Embora o trabalho remoto ofereça flexibilidade e conveniência para muitas pessoas, também pode levar a uma mistura entre a vida pessoal e a profissional, dificultando a desconexão e o estabelecimento de limites saudáveis. Tem sido muito comum relatos de maiores jornadas de trabalho e utilização de menos tempo para intervalos para o almoço ou o café, por exemplo, quando comparados ao período pré-pandêmico. Além disso, a falta de interação social no local de trabalho pode levar à solidão e ao isolamento, afetando negativamente a saúde mental”, explicou o psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Eisnten, em entrevista à CNN Brasil.

Internet, alimentação e relações – Outros fatores apontados pelo estudo indicam que o uso de smartphone por crianças, consumir alimentos ultraprocessados e a falta de relações pessoais – familiares e de amizade – pioram ainda mais a saúde emocional. “O uso excessivo de smartphones, especialmente em idades mais jovens, pode estar ligado a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e solidão. O acesso constante à tecnologia pode levar à dependência digital, pior qualidade do sono e à diminuição do contato direto e interação com as outras pessoas, o que pode afetar negativamente o bem-estar emocional”, completou o psiquiatra.

+ veja os principais sinais de alteração na saúde mental:

– cansaço excessivo
– alterações no sono
– diminuição de concentração
– dificuldade para manter os compromisso em ordem
– diminuição do prazer em atividades que antes geravam bem-estar
– dificuldade de fazer planos para o futuro
– relaxamento com a higiene
– dores e desconforto sem causa física aparente
– irritabilidade excessiva

*Caso precise, não hesite em procurar ajuda. O Centro de Valorização da Vida (CVV) atende de forma sigilosa, sem julgamentos, críticas ou comparações, em todo o país, pelo 188, 24 horas por dia e sem custo de ligação. O atendimento também pode ser feito por chat, e-mail e pessoalmente em alguns endereços.

Bem-estar. De acordo com o relatório Global Mind Project, que divulga dados anuais sobre o bem-estar no planeta, o Brasil, a África do Sul e o Reino Unido ocupam a última posição na saúde emocional depois de o mundo enfrentar a pandemia de Covid-19. A organização chegou a esta conclusão depois de entrevistar 420 mil pessoas em 71 países. Pela amostra, no Brasil a proporção dos angustiados é de 34%, sendo as pessoas com menos de 35 anos as mais afetadas.

A pesquisa foi realizada por um questionário com avaliação de capacidades cognitivas e emocionais, como a capacidade de lidar com o stress. O objetivo do estudo é mapear a situação e propor medidas de prevenção. O trabalho remoto, a hiperconectividade e as mudanças no estilo de vida decorrentes da pandemia são as principais causas do abalo na saúde mental das pessoas.

“Embora o trabalho remoto ofereça flexibilidade e conveniência para muitas pessoas, também pode levar a uma mistura entre a vida pessoal e a profissional, dificultando a desconexão e o estabelecimento de limites saudáveis. Tem sido muito comum relatos de maiores jornadas de trabalho e utilização de menos tempo para intervalos para o almoço ou o café, por exemplo, quando comparados ao período pré-pandêmico. Além disso, a falta de interação social no local de trabalho pode levar à solidão e ao isolamento, afetando negativamente a saúde mental”, explicou o psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Eisnten, em entrevista à CNN Brasil.

Internet, alimentação e relações – Outros fatores apontados pelo estudo indicam que o uso de smartphone por crianças, consumir alimentos ultraprocessados e a falta de relações pessoais – familiares e de amizade – pioram ainda mais a saúde emocional. “O uso excessivo de smartphones, especialmente em idades mais jovens, pode estar ligado a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e solidão. O acesso constante à tecnologia pode levar à dependência digital, pior qualidade do sono e à diminuição do contato direto e interação com as outras pessoas, o que pode afetar negativamente o bem-estar emocional”, completou o psiquiatra.

+ veja os principais sinais de alteração na saúde mental:

– cansaço excessivo
– alterações no sono
– diminuição de concentração
– dificuldade para manter os compromisso em ordem
– diminuição do prazer em atividades que antes geravam bem-estar
– dificuldade de fazer planos para o futuro
– relaxamento com a higiene
– dores e desconforto sem causa física aparente
– irritabilidade excessiva

*Caso precise, não hesite em procurar ajuda. O Centro de Valorização da Vida (CVV) atende de forma sigilosa, sem julgamentos, críticas ou comparações, em todo o país, pelo 188, 24 horas por dia e sem custo de ligação. O atendimento também pode ser feito por chat, e-mail e pessoalmente em alguns endereços.

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