A Polícia Federal (PF) faz a Operação Simonia no Rio de Janeiro para desarticular esquema criminoso na cúpula da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). O secretário Raphael Montenegro, o subsecretário da Gestão Operacional, Wellington Nunes da Silva, e o superintendente Sandro Farias Gimenes foram presos.

De acordo com as investigações, os agentes públicos negociavam benefícios indevidos com chefes de facções criminosas. Os crimes seriam praticados em troca de influência sobre os locais de domínio de traficantes e outras vantagens ilícitas. Os servidores também permitiam a entrada de pessoas e itens proibidos em unidades prisionais estaduais.

“A investigação aponta ainda que os desvios cometidos pelos investigados foram praticados em troca de influência sobre os locais de domínio desses traficantes e outras vantagens ilícitas”, informou a PF.

Na sexta-feira (13), o governador do Rio, Cláudio Castro, anunciou a exoneração de Montenegro, mas a medida ainda não foi publicada no Diário Oficial do estado.

Segundo as investigações do Ministério Público Federal e do Departamento Penitenciário Federal, os agentes públicos realizaram diversas diligências, por exemplo, para viabilizar o retorno ao estado de criminosos custodiados na Penitenciária Federal de Catanduvas, presídio de segurança máxima no Paraná.

Ao todo, 40 policiais federais cumprem três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, expedidos pela Tribunal Regional Federal da 2ª Região. As ordens judiciais são cumpridas no Rio de Janeiro, em Nova Iguaçu e em Duque de Caxias.