O governo ainda não chegou a um nome para assumir a presidência da Petrobras. A principal aposta era o economista Adriano Pires, que recusou oficialmente a indicação ao cargo na noite desta segunda-feira (4), após um dia de negociações por parte da equipe do presidente Jair Bolsonaro para que ele aceitasse o posto.
Uma carta que oficializa a recusa à indicação foi enviada por Pires ao ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia. O economista que é consultor com atuação há mais de duas décadas no setor de óleo e gás, agradeceu o convite, mas afirmou que não seria possível conciliar o comando da estatal ao atual trabalho como consultor.
Pires disse que não há tempo para que ele saia da consultoria fundada por ele, o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). No comunicado, ele também afirmou que se atuou para o desenvolvimento do mercado de óleo e gás no Brasil, e defendeu a importância de regras de mercado e do aumento da competição.
O economista é o segundo a recusar ir para a Petrobras em dois dias. No domingo (3), o indicado pelo governo para o Conselho de Administração da Petrobras, Rodolfo Landim, também declinou o cargo. Engenheiro da área de petróleo, o empresário disse que não conseguiria conciliar a função com o comando do Flamengo.
A indecisão sobre um novo nome para conduzir a estatal após demissão do general Joaquim Silva e Luna, definida pelo presidente Jair Bolsonaro na última semana após aumento dos combustíveis, é o novo problema do governo. Os ministros ainda não têm um “Plano B” para quem seguirá no cargo.
Nome cotado para assumir a Petrobras
Secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade é agora o nome mais cotado para assumir a presidência da Petrobras. O nome é defendido por ministros do governo e ele já foi entrevistado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Caio Mario Paes de Andrade tem formação em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduação em Administração e Gestão pela Harvard University e Mestre em Administração de Empresas pela Duke University.
É um gestor de confiança inclusive de Bolsonaro e tem como vitrine a implantação do sistema Gov.br, que reúne serviços digitais do governo federal.
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