Selic a 7,75%: entenda os prejuízos no bolso do brasileiro

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

O Banco Central reajustou a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual nesta quarta-feira (3), passando de 6,25% para 7,75%. Essa é a sexta elevação consecutiva realizada, neste ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Sendo uma referência para os juros do mercado, uma taxa mais alta significa que o crédito fica mais […]

POR Redação SRzd04/11/2021|4 min de leitura

Selic a 7,75%: entenda os prejuízos no bolso do brasileiro

Bolso vazio. Foto: Pikist

| Siga-nos Google News

O Banco Central reajustou a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual nesta quarta-feira (3), passando de 6,25% para 7,75%. Essa é a sexta elevação consecutiva realizada, neste ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Sendo uma referência para os juros do mercado, uma taxa mais alta significa que o crédito fica mais caro mas os investimentos em renda fixa rendem mais, enquanto uma taxa baixa torna os empréstimos mais baratos e os investimentos em renda fixa se tornam menos atrativos. A Selic baixa estimula a atividade econômica e os investidores a tomarem mais riscos para terem melhores rendimentos. Mas, por que não deixá-la sempre baixa, então?

Thiago Martello, educador financeiro na Martello Educação Financeira, explica que a Selic é uma das ferramentas que o Banco Central tem para controlar a inflação.

“Quando a Selic está alta, os juros para financiamento, empréstimos e até de cartão de crédito também ficam em patamares maiores. Isso significa que tomar dinheiro emprestado se torna mais caro e as pessoas tendem a pensar mais e consumir menos. Neste momento, o BC quer justamente frear o consumo para conter a inflação, por isso a alta da Selic”, completa.

Até o final do ano, a expectativa do mercado financeiro é que a taxa básica de juros supere a casa dos 8%, uma vez que a inflação acumulada para 2021 pode ultrapassar os 9%.

Como a inflação mexe na economia?

Atualmente a inflação é o que mais pesa na decisão do Banco Central para aumentar a taxa Selic. O nível de atividade econômica e a taxa de desemprego também influenciam, mas a inflação é o critério mais relevante.

Neste momento, a inflação acumulada em 2021 é de 7,26%. De forma prática, isso significa que, se em 1º de Janeiro de 2021 um celular custava R$1.000,00, no começo do mês de outubro, o mesmo celular estava na loja sendo vendido por R$1.072,60.

O dólar, crise hídrica, alta dos preços internacionais das commodities, como o petróleo – que influencia o preço dos combustíveis – e minérios são os principais fatores que estão elevando a inflação brasileira e pesando no orçamento das famílias.

“É sempre importante refletir sobre a relação que temos com o dinheiro. Em períodos de inflação e alta da Selic, essa reflexão se torna mais importante, pois o controle dos gastos se torna fundamental para evitar multas e juros por atrasos de pagamento de parcelas. Por outro lado, se o orçamento está em dia e a pessoa consegue aplicar o dinheiro, é um período que traz boas expectativas de retorno com menores riscos”, comenta Martello.

Qual o impacto do aumento da Selic no dia a dia das pessoas?

De acordo com o BC, desde o início de 2021 o custo dos empréstimos vem subindo. Atualmente, os cinco maiores bancos do país, que são responsáveis por 80% do crédito oferecido no Brasil, cobram até 90% de juros ao ano para conceder algumas modalidades de empréstimos para pessoas físicas.

Dessa forma, um empréstimo de R$1.000,00 concedido em doze prestações mensais, por exemplo, terá um valor final de R$1.999,47.

Além dos empréstimos em bancos, o parcelamento de compras no cartão de crédito também está mais caro. Não pagar o total da fatura ou atrasar qualquer valor, incidirá na aplicação dos juros rotativos onde a nova taxa será sentida de forma bem acentuada.

“A grande lição que devemos tirar disso tudo é que estamos em um momento totalmente propício para mudar a mentalidade de pegar empréstimos e fazer financiamentos para ter algum bem. A taxa de juros quando trabalha contra a pessoa é extremamente prejudicial, mas ela pode trabalhar a favor, fazer as pessoas ganharem dinheiro e trazer grandes benefícios. Mais importante do que o quanto se ganha, é o quanto e como se gasta. Principalmente com os juros crescendo, conter gastos, economizar e aplicar corretamente, é salvar dinheiro. Não podemos esquecer de que estamos inclusos em um cenário internacional de inflação por consequências da pandemia, e salvar dinheiro agora é fundamental para aproveitar as oportunidades que já aparecem, além de podermos utilizá-lo bem no futuro”, finaliza o educador financeiro.

O Banco Central reajustou a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual nesta quarta-feira (3), passando de 6,25% para 7,75%. Essa é a sexta elevação consecutiva realizada, neste ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Sendo uma referência para os juros do mercado, uma taxa mais alta significa que o crédito fica mais caro mas os investimentos em renda fixa rendem mais, enquanto uma taxa baixa torna os empréstimos mais baratos e os investimentos em renda fixa se tornam menos atrativos. A Selic baixa estimula a atividade econômica e os investidores a tomarem mais riscos para terem melhores rendimentos. Mas, por que não deixá-la sempre baixa, então?

Thiago Martello, educador financeiro na Martello Educação Financeira, explica que a Selic é uma das ferramentas que o Banco Central tem para controlar a inflação.

“Quando a Selic está alta, os juros para financiamento, empréstimos e até de cartão de crédito também ficam em patamares maiores. Isso significa que tomar dinheiro emprestado se torna mais caro e as pessoas tendem a pensar mais e consumir menos. Neste momento, o BC quer justamente frear o consumo para conter a inflação, por isso a alta da Selic”, completa.

Até o final do ano, a expectativa do mercado financeiro é que a taxa básica de juros supere a casa dos 8%, uma vez que a inflação acumulada para 2021 pode ultrapassar os 9%.

Como a inflação mexe na economia?

Atualmente a inflação é o que mais pesa na decisão do Banco Central para aumentar a taxa Selic. O nível de atividade econômica e a taxa de desemprego também influenciam, mas a inflação é o critério mais relevante.

Neste momento, a inflação acumulada em 2021 é de 7,26%. De forma prática, isso significa que, se em 1º de Janeiro de 2021 um celular custava R$1.000,00, no começo do mês de outubro, o mesmo celular estava na loja sendo vendido por R$1.072,60.

O dólar, crise hídrica, alta dos preços internacionais das commodities, como o petróleo – que influencia o preço dos combustíveis – e minérios são os principais fatores que estão elevando a inflação brasileira e pesando no orçamento das famílias.

“É sempre importante refletir sobre a relação que temos com o dinheiro. Em períodos de inflação e alta da Selic, essa reflexão se torna mais importante, pois o controle dos gastos se torna fundamental para evitar multas e juros por atrasos de pagamento de parcelas. Por outro lado, se o orçamento está em dia e a pessoa consegue aplicar o dinheiro, é um período que traz boas expectativas de retorno com menores riscos”, comenta Martello.

Qual o impacto do aumento da Selic no dia a dia das pessoas?

De acordo com o BC, desde o início de 2021 o custo dos empréstimos vem subindo. Atualmente, os cinco maiores bancos do país, que são responsáveis por 80% do crédito oferecido no Brasil, cobram até 90% de juros ao ano para conceder algumas modalidades de empréstimos para pessoas físicas.

Dessa forma, um empréstimo de R$1.000,00 concedido em doze prestações mensais, por exemplo, terá um valor final de R$1.999,47.

Além dos empréstimos em bancos, o parcelamento de compras no cartão de crédito também está mais caro. Não pagar o total da fatura ou atrasar qualquer valor, incidirá na aplicação dos juros rotativos onde a nova taxa será sentida de forma bem acentuada.

“A grande lição que devemos tirar disso tudo é que estamos em um momento totalmente propício para mudar a mentalidade de pegar empréstimos e fazer financiamentos para ter algum bem. A taxa de juros quando trabalha contra a pessoa é extremamente prejudicial, mas ela pode trabalhar a favor, fazer as pessoas ganharem dinheiro e trazer grandes benefícios. Mais importante do que o quanto se ganha, é o quanto e como se gasta. Principalmente com os juros crescendo, conter gastos, economizar e aplicar corretamente, é salvar dinheiro. Não podemos esquecer de que estamos inclusos em um cenário internacional de inflação por consequências da pandemia, e salvar dinheiro agora é fundamental para aproveitar as oportunidades que já aparecem, além de podermos utilizá-lo bem no futuro”, finaliza o educador financeiro.

Notícias Relacionadas

Ver tudo