Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, comemora ‘o melhor Carnaval de todos os tempos’

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O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, comemorou, em sua conta do Twitter, nesta quarta-feira (17), o que ele chamou ironicamente de “o melhor Carnaval de todos os tempos”. Ele afirmou já estar “sentindo saudades” e disse torcer para que “os próximos sejam como este”. O presidente da Fundação criada há 31 anos com o objetivo […]

POR Redação SRzd17/02/2021|3 min de leitura

Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, comemora ‘o melhor Carnaval de todos os tempos’

Sérgio Camargo. Foto: Reprodução Facebook

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O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, comemorou, em sua conta do Twitter, nesta quarta-feira (17), o que ele chamou ironicamente de “o melhor Carnaval de todos os tempos”. Ele afirmou já estar “sentindo saudades” e disse torcer para que “os próximos sejam como este”.

O presidente da Fundação criada há 31 anos com o objetivo de promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira disse ainda apreciar “a paz e a tranquilidade, ruas sem montanhas de lixo e livres do forte odor de urina de bêbados e drogados”.

Com relação a isto, o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira questiona: “Este senhor gostaria de ter nascido em algum outro país, sei lá qual… Suíça? Alemanha?”

Juca afirma que “ele rejeita tudo que nos é próprio, tudo que faz parte da nossa singularidade como país e como povo. E parece que odeia tudo o que tem a ver com nossas origens africanas. Para comentá-lo, tenho a impressão que temos que recorrer à Psicanálise”

“O recalque e a negação de si e dos seus semelhantes reflete a assimilação da ideologia dos vencedores e dos dominantes. Não deveria estar à frente de uma instituição que foi criada para valorizar e difundir a contribuição que veio da África para a nossa formação e a nossa identidade”, reitera Juca e encerra: “É algo, por parte de Bolsonaro, próximo da pirraça, com nítida intenção de humilhar e depreciar essa herança”, completa o ex-ministro à Revista Fórum.

Sérgio Camargo costuma atacar personalidades e questões importantes para o movimento negro. Ele já se posicionou contra o dia da Consciência Negra, afirmou que a atriz Taís Araújo deve voltar para a África e declarou ainda que a escravidão foi boa porque negros viveriam em condições melhores no Brasil do que no continente africano. Ele chegou a defender a extinção do feriado por decreto porque causaria incalculáveis perdas à economia do país ao homenagear quem chamou de “um falso herói dos negros”, Zumbi dos Palmares.

No final de 2019, o atual presidente da Fundação Palmares teve a nomeação suspensa por já ter defendido a extinção do movimento negro e dizer, entre outras coisas, que o Brasil tem um “racismo nutella”. Ele também afirmou que a escravidão foi “benéfica para os descendentes” e atacou a ex-vereadora do Rio Marielle Franco.

Em fevereiro de 2020, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, reverteu a decisão e, a pedido da Advocacia-Geral da União, liberou a nomeação de Camargo para o comando da Fundação Palmares.










O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, comemorou, em sua conta do Twitter, nesta quarta-feira (17), o que ele chamou ironicamente de “o melhor Carnaval de todos os tempos”. Ele afirmou já estar “sentindo saudades” e disse torcer para que “os próximos sejam como este”.

O presidente da Fundação criada há 31 anos com o objetivo de promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira disse ainda apreciar “a paz e a tranquilidade, ruas sem montanhas de lixo e livres do forte odor de urina de bêbados e drogados”.

Com relação a isto, o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira questiona: “Este senhor gostaria de ter nascido em algum outro país, sei lá qual… Suíça? Alemanha?”

Juca afirma que “ele rejeita tudo que nos é próprio, tudo que faz parte da nossa singularidade como país e como povo. E parece que odeia tudo o que tem a ver com nossas origens africanas. Para comentá-lo, tenho a impressão que temos que recorrer à Psicanálise”

“O recalque e a negação de si e dos seus semelhantes reflete a assimilação da ideologia dos vencedores e dos dominantes. Não deveria estar à frente de uma instituição que foi criada para valorizar e difundir a contribuição que veio da África para a nossa formação e a nossa identidade”, reitera Juca e encerra: “É algo, por parte de Bolsonaro, próximo da pirraça, com nítida intenção de humilhar e depreciar essa herança”, completa o ex-ministro à Revista Fórum.

Sérgio Camargo costuma atacar personalidades e questões importantes para o movimento negro. Ele já se posicionou contra o dia da Consciência Negra, afirmou que a atriz Taís Araújo deve voltar para a África e declarou ainda que a escravidão foi boa porque negros viveriam em condições melhores no Brasil do que no continente africano. Ele chegou a defender a extinção do feriado por decreto porque causaria incalculáveis perdas à economia do país ao homenagear quem chamou de “um falso herói dos negros”, Zumbi dos Palmares.

No final de 2019, o atual presidente da Fundação Palmares teve a nomeação suspensa por já ter defendido a extinção do movimento negro e dizer, entre outras coisas, que o Brasil tem um “racismo nutella”. Ele também afirmou que a escravidão foi “benéfica para os descendentes” e atacou a ex-vereadora do Rio Marielle Franco.

Em fevereiro de 2020, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, reverteu a decisão e, a pedido da Advocacia-Geral da União, liberou a nomeação de Camargo para o comando da Fundação Palmares.










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