Sintomas comuns dificultam e atrasam diagnóstico de tipo raro de câncer do sangue

  • Icon instagram_blue
  • Icon youtube_blue
  • Icon x_blue
  • Icon facebook_blue
  • Icon google_blue

Fraqueza, anemia, palidez, sudorese noturna, cansaço excessivo e progressivo, palpitações, falta de ar, emagrecimento e perda de apetite, dor ou desconforto no abdômen. Esses sintomas que, muitas vezes, são confundidos com sinais do envelhecimento, podem ser indícios da mielofibrose – um câncer mais incidente em pessoas a partir de 60 anos, que afeta as células […]

POR Redação SRzd30/11/2019|3 min de leitura

Sintomas comuns dificultam e atrasam diagnóstico de tipo raro de câncer do sangue

Diagnóstico de tipo raro de câncer do sangue. Foto: Reprodução

| Siga-nos Google News

Fraqueza, anemia, palidez, sudorese noturna, cansaço excessivo e progressivo, palpitações, falta de ar, emagrecimento e perda de apetite, dor ou desconforto no abdômen. Esses sintomas que, muitas vezes, são confundidos com sinais do envelhecimento, podem ser indícios da mielofibrose – um câncer mais incidente em pessoas a partir de 60 anos, que afeta as células responsáveis pela produção de sangue na medula óssea.

Por conta desses sinais inespecíficos, o primeiro grande desafio desses pacientes é chegar ao diagnóstico. Uma pesquisa realizada recentemente pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), com mais de 70 pacientes com MF, revelou que quase um terço (32%) dos casos demoraram mais de dois anos para obter o diagnóstico.

“Essa demora no diagnóstico ocorre porque a mielofibrose é pouco conhecida e tem sintomas relativamente comuns, o que prejudica a investigação da doença. A maioria dos pacientes passa por vários médicos antes de chegar ao hematologista”, aponta a administradora Merula Steagall, fundadora da Abrale. O levantamento da associação revelou que 67% dos entrevistados passaram por mais de duas especialidades médicas para chegar a um resultado conclusivo.

Um dos grandes riscos da lentidão no diagnóstico, é que, em alguns casos, a MF pode evoluir para leucemia mieloide aguda (LMA), tornando o prognóstico mais complexo. Pensando em melhorar esse cenário, a Abrale criou a campanha “Procura-se”, que visa divulgar informações sobre a doença.

“Nosso propósito é atingir o máximo de pacientes, para que saibam que existe uma instituição no Brasil que oferece gratuitamente apoio e informações, tão cruciais para o melhor entendimento e definição do tratamento adequado da mielofibrose. Além disso, ampliamos o conhecimento da população acerca desta doença relativamente rara”, finaliza Merula.

Sobre a mielofibrose

Pertencente ao grupo das doenças mieloproliferativas, a mielofibrose ocorre quando as células da medula óssea, responsáveis por produzir as células do sangue, passam a se desenvolver e a funcionar de forma anormal, formando um tecido fibroso na medula, o que prejudica a produção das células sanguíneas.

Por ser uma condição progressiva, com o passar dos anos, os pacientes com mielofibrose podem sofrer com sintomas debilitantes, tornando-se incapazes de seguir suas rotinas de forma funcional – especialmente se não estiverem sob cuidados e recebendo o tratamento adequado.

O principal objetivo do tratamento desse câncer é gerenciar os sintomas, melhorar a contagem de células sanguíneas, reduzir os riscos de complicações e evolução da doença para LMA (5% a 10% dos casos). O único tratamento curativo é o transplante de células tronco-hematopoiéticas.

Fraqueza, anemia, palidez, sudorese noturna, cansaço excessivo e progressivo, palpitações, falta de ar, emagrecimento e perda de apetite, dor ou desconforto no abdômen. Esses sintomas que, muitas vezes, são confundidos com sinais do envelhecimento, podem ser indícios da mielofibrose – um câncer mais incidente em pessoas a partir de 60 anos, que afeta as células responsáveis pela produção de sangue na medula óssea.

Por conta desses sinais inespecíficos, o primeiro grande desafio desses pacientes é chegar ao diagnóstico. Uma pesquisa realizada recentemente pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), com mais de 70 pacientes com MF, revelou que quase um terço (32%) dos casos demoraram mais de dois anos para obter o diagnóstico.

“Essa demora no diagnóstico ocorre porque a mielofibrose é pouco conhecida e tem sintomas relativamente comuns, o que prejudica a investigação da doença. A maioria dos pacientes passa por vários médicos antes de chegar ao hematologista”, aponta a administradora Merula Steagall, fundadora da Abrale. O levantamento da associação revelou que 67% dos entrevistados passaram por mais de duas especialidades médicas para chegar a um resultado conclusivo.

Um dos grandes riscos da lentidão no diagnóstico, é que, em alguns casos, a MF pode evoluir para leucemia mieloide aguda (LMA), tornando o prognóstico mais complexo. Pensando em melhorar esse cenário, a Abrale criou a campanha “Procura-se”, que visa divulgar informações sobre a doença.

“Nosso propósito é atingir o máximo de pacientes, para que saibam que existe uma instituição no Brasil que oferece gratuitamente apoio e informações, tão cruciais para o melhor entendimento e definição do tratamento adequado da mielofibrose. Além disso, ampliamos o conhecimento da população acerca desta doença relativamente rara”, finaliza Merula.

Sobre a mielofibrose

Pertencente ao grupo das doenças mieloproliferativas, a mielofibrose ocorre quando as células da medula óssea, responsáveis por produzir as células do sangue, passam a se desenvolver e a funcionar de forma anormal, formando um tecido fibroso na medula, o que prejudica a produção das células sanguíneas.

Por ser uma condição progressiva, com o passar dos anos, os pacientes com mielofibrose podem sofrer com sintomas debilitantes, tornando-se incapazes de seguir suas rotinas de forma funcional – especialmente se não estiverem sob cuidados e recebendo o tratamento adequado.

O principal objetivo do tratamento desse câncer é gerenciar os sintomas, melhorar a contagem de células sanguíneas, reduzir os riscos de complicações e evolução da doença para LMA (5% a 10% dos casos). O único tratamento curativo é o transplante de células tronco-hematopoiéticas.

Notícias Relacionadas

Ver tudo